Foi lançado hoje o livro Fire Cannot Kill a Dragon (“Fogo Não Pode Matar um Dragão”), de James Hibberd, jornalista da Entertainment Weekly que se notabilizou ao longo dos anos por seu trabalho bastante próximo da produção de Game of Thrones. O livro traz um histórico completo da série baseado em diversas entrevistas que Hibberd fez com os showrunners, diretores, roteiristas, executivos da HBO, atores, e também George R. R. Martin.

O foco da obra é Game of Thrones enquanto produção televisiva, mas por se tratar (ao menos originalmente) de um projeto de adaptação, referências aos livros e declarações de George que fazem referência a As Crônicas de Gelo e Fogo são inevitáveis. Já tive contato com o livro de Hibberd e pesquisei as falas de Martin que podem ser de interesse para os livros. A seguir, vou elencar algumas das que julguei mais pertinentes, e já alerto: há spoilers de The Winds of Winter, e possivelmente além!

Quem vai sentar no Trono de Ferro

Game of Thrones terminou com Bran Stark no Trono de Ferro, uma reviravolta um tanto surpreendente tanto para espectadores quanto para leitores. Depois do fim da série, entrevistas do ator de Bran, Isaac Hempstead-Wright, e dos showrunners David Benioff e D. B. Weiss, indicavam que esse destino teria vindo diretamente de George R. R. Martin, mas as declarações até então permitiam interpretações duvidosas nesse sentido.

Fire Cannot Kill a Dragon traz uma declaração de Martin em que ele expressamente diz que “[contou] a eles quem estaria no Trono de Ferro” na já famosa reunião de 2013, em que se reuniu com os roteiristas para passar a ele seus planos para o futuro da série, já que a ultrapassagem dos livros era iminente.

Hodor e “hold the door”

Na mesma fala citada, George menciona que também contou aos produtores a reviravolta de Hodor e “hold the door“, momento também marcante na adaptação televisiva, mas que ainda não ocorreu nos livros de As Crônicas de Gelo e Fogo. Mais adiante no livro, esse ponto em específico do enredo é novamente abordado, e com maiores detalhes.

Hibberd diz que Martin idealizou a backstory de Hodor quando ainda estava escrevendo o primeiro livro, mas que a cena de “hold the door” vai acontecer de forma diferente num futuro livro (não especificado). O autor chegou a entrar em detalhes sobre seus planos:

Entrar na mente de alguém é uma obscenidade. Então o Bran pode ser responsável por Hodor ser um simplório, por entrar de maneira tão forte na mente dele que isso reverberou pelo tempo afora. A explicação dos poderes de Bran, toda a questão do tempo e da causalidade — podemos alterar o passado? O tempo é um rio em que se pode navegar só numa direção ou um oceano que pode ser afetado em qualquer lugar que se mergulhe? São esses assuntos que quero explorar no livro, mas é mais difícil de explicar na série.

[…]

Acho que eles executaram a cena muito bem, mas vai haver diferenças no livro. Eles a fizeram de uma forma muito física — “hold the door” (“segure a porta”) com a força de Hodor. No livro, Hodor roubou uma das espadas velhas da cripta. Bran vem wargando o Hodor e praticando no corpo dele, porque o Bran foi treinado em armas. Então dizer ao Hodor pra “segurar a porta” é mais algo como “defenda esta passagem” — defenda quando os inimigos chegarem — e Hodor vai estar lutando e os matando. Um pouco diferente, mas a mesma ideia.

Stannis ordena a queima de Shireen

Outra questão revelada “pelas metades” até agora era o sacrifício de Shireen por Stannis Baratheon. Logo depois de a cena ir ao ar, ainda no featurette “Inside the Episode”, Benioff revelou que a morte da menina vinha de George R. R. Martin — sem, porém, entrar em maiores detalhes. A discussão nos anos seguintes girava em torno de quem seria o responsável por ordenar o sacrifício: se o próprio Stannis, Melisandre, ou ainda outra pessoa.

Muitos leitores que superaram a visão superficial de um Stannis obcecado pelo poder e manipulado por Melisandre adquiriram, pelo contrário, uma visão um tanto exagerada e idealizada do personagem, e se recusavam a admitir que ele mesmo poderia se convencer a dar a ordem do sacrifício da própria filha. Tratei brevemente do assunto ainda na época que a polêmica surgiu neste artigo.

Na mesma fala dos dois itens anteriores, George menciona “a decisão de Stannis de queimar a filha”, e em outra passagem do livro, Hibberd diz expressamente:

Stannis matar a filha foi uma das cenas mais agonizantes em Game of Thrones e um dos momentos que Martin havia contado aos produtores que estava planejando para Os Ventos do Inverno (embora a versão do livro da cena vá acontecer de uma maneira um pouco diferente).

Se pudermos confiar em Hibberd (e não temos motivos para duvidar dele), ficou claro, portanto, não apenas que Stannis ordenará o sacrifício de Shireen pessoalmente, como também que a cena acontecerá ainda em Os Ventos do Inverno (o que tampouco se sabia até o momento).

O papel da Senhora Coração de Pedra

A decisão dos showrunners foi de cortar de Game of Thrones a Senhora Coração de Pedra, a versão morta-viva de Catelyn Stark, ressuscitada por Beric Dondarrion em As Crônicas de Gelo e Fogo. Benioff diz no livro que sequer houve muito debate sobre incluí-la, e Weiss declara:

A cena em que ela aparece pela primeira vez é um dos melhores momentos “caralho!” dos livros, acho que é esse momento que gerou a reação do público, mas depois…

A fala denota uma certa insatisfação com o progresso da história da Stoneheart. Benioff ainda acrescenta que não podem entrar em detalhes, mas que um dos motivos pelos quais eles não quiseram inseri-la tem a ver com eventos dos livros de George sobre os quais “eles não querem dar spoiler”, o que indica que eles não gostaram muito dos planos do autor para a trama que envolve a personagem (provavelmente porque conflitava com o que eles mesmos achavam melhor para a série de TV).

Ainda, consideravam que sabiam que a ressurreição de Jon Snow estava por vir, e ele julga que ressurreições demais diminuiram o impacto das mortes dos personagens. Em terceiro lugar, eles achavam que uma versão “zumbi que não fala” de Catelyn não faria justiça a uma atriz do calibre de Michelle Fairley.

Por outro lado, George R. R. Martin declara no livro sobre a personagem:

A Senhora Coração de Pedra tem um papel nos livros. Se é suficiente ou interessante o bastante… eu acho que é, ou não a teria incluído. Uma das coisas que eu quis mostrar com ela é que a morte que ela sofreu muda uma pessoa.

Destinos de personagens secundários

Ainda na mesma passagem, Martin comenta que “de forma alguma passamos por todo mundo”, indicando que os personagens secundários (ou terciários) podem ter destinos bastante diferentes em seus livros.

Os casamentos de Ramsay: Jeyne e Sansa

Uma das mudanças mais polêmicas de Game of Thrones (aquela que fez muita gente se desiludir de vez com os rumos que a série estava tomando, inclusive eu) foi alterar o arco de Sansa no Vale de Arryn e colocá-la como a vítima do casamento arranjado com Ramsay Bolton. Em As Crônicas de Gelo e Fogo, esse papel cabe a Jeyne Poole, amiga de Sansa que é forçada a se passar por Arya Stark (o que daria crédito e legitimidade ao casamento para os Bolton).

Benioff disse a respeito:

Sansa é uma personagem de que gostamos mais do que qualquer outra. Queríamos muito que a Sansa tivesse um papel importante naquela temporada. Se fôssemos ficar absolutamente fiéis ao livro, seria muito difícil de fazer isso. Havia uma subtrama que nós adorávamos nos livros, mas era com uma personagem que não estava na série [Jeyne Poole].

Bryan Cogman acrescentou:

Se você tem uma trama envolvendo Ramsay, você vai usar uma das suas meninas principais (que é uma atriz incrivelmente talentosa que todos acompanhamos por cinco anos e que os espectadores amam e adoram), ou vai trazer uma personagem nova pra isso? Você vai usar a personagem em que a audiência já está investida.

[…]

Nosso Mindinho é um pouco mais descarado que o jogador por trás dos panos dos livros — sem dizer que um é melhor que o outro. E Ramsay não é conhecido em todo lugar como um psicopata. O Mindinho não tem essa inteligência. Ele sabe só que os Boltons são assustadores e aterrorizantes e não são totalmente dignos de confiança.

George R. R. Martin, porém, esclareceu em parte suas intenções nos livros:

Meu Mindinho nunca entregaria a Sansa para o Ramsay. Ele é obcecado por ela. Na metade do tempo ele acha que ela é a filha que ele nunca teve — que ele queria ter, se tivesse se casado com Catelyn. Na outra metade, ele acha que ela é a Catelyn, e a quer pra si. Ele não vai dá-la pra alguém que faria mal a ela. Isso vai ser bem diferente nos livros.

Deixo para que cada um dos leitores tire suas conclusões a esse respeito.

Ainda não temos notícias sobre um possível lançamento do livro no Brasil. Ele está disponível em versão Kindle na Amazon em inglês (já lançado) e em espanhol (com lançamento previsto para novembro).

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Em entrevista ao podcast da Indiewire, o diretor Miguel Sapochnik compartilhou detalhes bastante interessantes sobre seu trabalho em ‘Game of Thrones‘, criando muitos dos episódios inesquecíveis da série. Entre as questões levantadas, ele revela que a sequência ‘The Long Night‘ poderia ter sido muito diferente daquela que vimos em tela.

Eu queria matar todo mundo. Queria matar Jorah na primeira investida, no começo. Eu estava pronto para matar absolutamente todo mundo. Eu queria que fosse implacável, de modo que nos primeiros 10 minutos você dissesse: “Todas as apostas estão canceladas; qualquer um poderá morrer.” E David e Dan não quiseram. Houve muitas idas e vindas sobre isso.

Sapochnik também conta que os showrunners escolheram salvar parte do material que ele queria usar em “The Long Night” para “The Bells”, o penúltimo episódio da série.

Quando Miguel, David e Dan se sentaram para discutir a Batalha de Winterfell, Sapochnik já tinha alguma experiência em brigar com Weiss e Benioff sobre escolhas de direção. Nesta entrevista, ele também relembra um desentendimento sobre os episódios da quinta temporada, onde assina a direção de “The Gift” e “Hardhome”, falando especificamente de cenas sobre Tommen e Meistre Aemon. “Fui visualmente policiado nos primeiros três meses de minhas filmagens, e isso tornou a criação de ‘Hardhome’ realmente difícil porque eu os irritava“, disse Sapochnik.

Divergências com Benioff e Weiss

Ao descrever essas divergências, o diretor relembra os acontecimentos como alguém que aceitou os termos e assumiu a série dentro das regras dos criadores da HBO.

Acho que a coisa fundamental é que esta não é a minha série, certo? Eu não fiz a série. Sou um diretor contratado para fazer isso. Eles me deixaram entrar e me envolver, e eu realmente amei fazer isso. Mas o corte final não é meu. O corte final é deles; é a escolha deles.

Ele adiciona que David e Dan são completamente implacáveis ao apontar: ‘Não queremos isso‘. Mas ele mesmo admite que muitas vezes chegaram a um acordo, e de que suas ideias seria fisicamente impossíveis de ser realizadas.

Como exemplo, no passado, o diretor havia afirmado que precisou retirar o lobo de Jon Snow, Fantasma, da sequência da Batalha dos Bastardos, para a sexta temporada. O mesmo problema ocorreu durante a produção da oitava temporada, onde ele explica que sugeriu a ideia do lobo gigante liderando uma alcateia para derrubar Viserion.

Cinquenta lobos gigantes atacando um dragão

Havia muitas coisas que as pessoas teriam ficado tão felizes por acontecer – ataques de lobos gigantes e coisas malucas. Em um certo ponto você pensa, ’50 lobos gigantes atacando um dragão morto-vivo não faz um bom filme’; São coisas que não filmamos; faz parte do processo. ”

Sapochnik vai além, e tenta explicar como funcionou o sedimento para os diretores de ‘Game of Thrones‘ ao longo dos oito anos de série. Segundo ele, Benioff e Weiss desejavam que a série fosse um filme de 70 horas.

Se eu voltar à minha conversa original com eles, eles disseram que queriam que fosse visto como uma obra de 70 horas, visto como um filme completo – e é por isso que eles não queriam diretores diferentes tentando fazer coisas diferentes, eles queriam um estilo que fosse consistente.

Sobre ‘The Long Night‘, o episódio que levou 55 noites para ser filmado, ele especifica que a escala era pensada nas ações que o momento exigia, muitas vezes focadas em “personagens menores”. Menos sobre o que o vilão seria capaz de fazer, priorizando o que era “mais importante”.

Dentro de ‘The Long Night’, haveria uma extensa seqüência de batalhas em que você veria a luta do Night King. Muitas coisas aconteceriam. Mas quando chegamos lá, no processo de preparação, priorizamos o que é importante (…)

No final de uma batalha de 80 minutos, eu deveria me importar se o Night King terá alguns movimentos extravagantes com sua lança? O momento em que mais me importo é este – que eu realmente gostei de fazer e assistir – onde Theon, Bran e o Night King estão neste pesadelo de conto de fadas surreal, com a árvore vermelha e a neve caindo (…). Isso para mim é mais importante do que o Night King fazendo malabarismos.”

A seguir, o áudio completo da entrevista:

Clique aqui para ver imagens e informações do box da 8ª temporada de ‘Game of Thrones‘.

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Como sabemos, nas últimas semanas, Lena Headey não tem poupado esforços em revelar sentimentos intensos sobre relação a despedida de Cersei Lannister em ‘Game of Thrones‘. Desta vez, ela revela detalhes sobre uma cena deletada de sua personagem, sobre sua gravidez.

Durante painel na Comic Con em Munique, Lena conta que, durante as gravações para a sétima temporada, gravou uma cena em que Cersei sofre um aborto espontâneo. Não fica claro se a cena realmente foi gravada em 2016, ou se ela confundiu sétima e oitava temporadas:

Filmamos uma cena que não foi colocada na trama da sétima temporada, que foi onde perdi o bebê. E foi um momento muito traumático e grande para a Cersei, que não entrou na série.

The miscarriage scene would’ve been epic ? pic.twitter.com/gSZxUiukIa

— ꧁♡ ᴋᴡᴇᴇɴ ʟᴇɴᴀ .꧂ (@bb_cersei) June 15, 2019

Na reta final da penúltima temporada da série, Cersei fica grávida de seu irmão gêmeo, e revela isso para ele e Tyrion. No entanto, meses mais tarde, ela afirma a Euron Greyjoy que ele é o pai da criança. Mesmo quando Tyrion diz o contrário para todos os presentes no dia da execução de Missandei, a verdade sobre a herdeira ou o herdeiro jamais é questionada.

Headey admite que gostou muito da cena deletada, e sentiu que teria “mudado as coisas” para o enredo de sua personagem.

“Queria uma morte melhor”

Esta não é a primeira vez que Lena fala francamente sobre o desfecho de Cersei. Há alguns dias, ela disse que não ficou satisfeita com a forma como sua personagem deixou de Westeros para sempre, admitindo para o jornal The Guardian que ela “queria uma morte melhor” para a rainha.

“Obviamente, você sonha com sua morte. Você poderia partir de qualquer maneira nessa série. Então, eu fiquei meio tensa“. No entanto, Headey reconheceu que os roteiristas “não poderiam ter agradado a todos“, e explicou: “Não importa o que eles fizeram, eu acho que haveria alguma grande uma queda nessa escalada“.

A atriz já havia afirmado que teve sentimentos conflitantes a respeito da cena final ao lado de Jaime, durante a destruição de Porto Real. “Eu queria que ela tivesse um grande desfecho, ou que lutasse com alguém”, disse à Entertainment Weekly, na época.

No entanto, após conversar sobre o momento com o colega de elenco, Nikolaj Coster-Waldau, ela passou a apreciar o minuto final de Cersei: “Quanto mais conversávamos sobre o assunto, mais me parecia o final perfeito para ela. Eles vieram ao mundo juntos, e saíram dele juntos”, acrescentou.

Também para a EW, no início da exibição da última temporada, Headey disse não ter concordado com a relação que Cersei desenvolve com Euron Greyjoy. Segundo ela, Cersei jamais cederia ao jogo de poder sexual imposto pelo então rei das Ilhas de Ferro.

“Eu ficava dizendo: ‘Ela não cederia, ela iria continuar lutando‘”, disse Headey à EW. “Mas [os showrunners David Benioff e Dan Weiss] obviamente sabem o que estão fazendo e estavam convencidos de que Cersei faria o que tinha que fazer”.

O ator de Euron, Pilou Asbaek, acrescentou que o assunto foi discutido nos bastidores:

Tivemos muitas discussões. Seria fora do personagem para ela estar com Greyjoy pelo poder? Nós discutimos isso tanto que quase acabamos concordando que talvez fosse um exagero. Então decidimos experimentar e ver se funcionaria. Às vezes você tem que mostrar diferentes lados de um personagem. Você tem que se surpreender como ator, mas também precisa se surpreender como personagem.

Headey disse que depois que realizou a cena, encontrou uma perspectiva útil sobre isso:

Cersei é a última sobrevivente. Ela se recusa a cair de joelhos. Ela vai para o lugar onde ela não quer ir, o que torna ainda mais forte sua tristeza.

Lena Headey pode concorrer aos prêmios Emmy este ano. Veja a lista completa de inscrições.

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No ar, o vídeo especial da HBO que revela os segredos de bastidores e making-of de cenas do episódio 8.04; ‘The Last of the Starks’. Dos truques de iluminação nas cenas do banquete, até a participação especial dos showrunners David Benioff e Dan Weiss, são muitos os detalhes interessantes sobre a produção das cenas. Assista:

Perceberam que a cena da morte de Missandei foi realizada através de montagem, para evitar o vazamento de spoilers?

Clique aqui para ver o trailer e imagens promocionais do penúltimo episódio de ‘Game of Thrones‘.

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Assista ao Por Dentro do Episódio, com comentários dos showrunners de ‘Game of Thrones‘, sobre as cenas do episódio ‘The Last of the Starks‘.

Analisando as cenas iniciais, Benioff e Weiss destacam como Daenerys consegue levantar o espírito dos nortenhos após a cerimônia fúnebre do castelo. E que, quando todos têm motivos para comemorar, ela não tem nenhum. Quando Daenerys procura Jon, ela tem a intenção de consertar sua relação. No entanto, Jon estranha seu vínculo de sangue, e então as coisas começam a desmoronar. Daenerys busca a lealdade integral de Jon, mas ele fez tudo pela própria família, e não conseguiria manter segredo de sua identidade para as irmãs. Jon tenta equilibrar as duas lealdades.

Sobre Sansa, Weiss reflete que a personagem é aprendiz de Mindinho, sabe como a informação viaja por Westeros, sabe que Tyrion contaria para Varys.

Quanto a Jaime e Brienne, Benioff revela que o Lannister coloca tudo a perder quando ouve sobre Cersei, pois ele tem uma espécie de vício pela irmã, e não consegue quebrar este ciclo.

Finalizando o segmento, temos o parecer dos roteiristas sobre a morte de Missandei. Segundo eles, Cersei tem o seguinte sentimento:

Se eu desistir do trono, serei morta. Minha única chance agora é vencer.

E que esta é a mesma ideia que a rainha revela para Ned Stark na 1ª temporada: Quando você joga o jogo dos tronos, você ganha ou morre.

No final do episódio, vemos que Daenerys se sente como no início de sua história: sozinha, sem conseguir confiar em ninguém. Mas as últimas palavras de Missandei estão ecoando em sua mente.

Clique aqui para ver o trailer do penúltimo episódio de ‘Game of Thrones‘.

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No capítulo da série documental The Game Revealed desta semana, acompanhamos o intenso e inacreditável trabalho de bastidores do episódio 8.03 ‘The Long Night’.

Assista às entrevistas exclusivas com o diretor Miguel Sapochnik, a produtora executiva Bernadette Caulfield, o produtor Chris Newman, o diretor de filmagem Rowley Irlam, e comentários dos criadores David Benioff e D.B. Weiss, e dos membros de elenco Emilia Clarke (Daenerys Targaryen), Kit Harington (Jon Snow), Maisie Williams (Arya Stark) e mais:

Entre as falas interessantes da equipe, destacamos:

– Os produtores pensaram em cada “ato” do episódio pertencendo a um gênero diferente, sendo o ato um o filme de suspense, o ato dois o filme de horror, e o ato três o filme de ação;
– Maisie Williams foi informada com um ano de antecedência que ela precisaria treinar para esta batalha;
– Desde a primeira temporada, Maisie Williams, que é destra, usa a mão esquerda para lutar com as espadas e armas de Arya. “Ela se tornou uma lutadora ambidestra“, relembra o showrunner David Benioff;
– A cena em que Sam chora em meio a batalha após ser abandonado por Jon Snow foi improvisada.

Há muitas outras revelações sobre técnica e roteiro interessantes.

Assim que a HBO Brasil divulgar o vídeo legendado, atualizaremos o post.

Assista ao trailer do próximo episódio de Game of Thrones.

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Game of Thrones é escura e cheia de terrores. Talvez literalmente. Ao longo das temporadas, a fotografia de série ficou mais sombria. Há cenas que sequer conseguimos enxergar os personagens em tela. Mas, saiba que isto está longe de ser um problema exclusivo da série da HBO, e tem sido motivo de discussão por críticos de TV há bastante tempo.

Há dois anos, Kim Enfro, jornalista no Insider, abordou o assunto com um dos diretores de fotografia da série, Robert McLachlan. Ele explica que a falta de iluminação extra nas cenas em Game of Thrones é intencional.

Se você assistir a primeira temporada de novo, há muita luz de background, sem motivo. Mesmo em cenas em locação aberta, você percebe que foram iluminadas. Os cineastas que vêm produzindo coisas desde aquela época, acho que estamos todo na mesma página onde tentamos ser o mais natural possível.

A ideia é que esses cenários e locações parecessem como se não fossem iluminados por técnicos, mas apenas pela Mãe Natureza ou por algumas velas, parecendo mais natural, embora aprimorado em alguns casos.

Ainda de acordo com McLachlan, nas temporadas anteriores, ainda estávamos no final do verão e início do outono na história. Há uma preocupação da área técnica com a verossimilhança das imagens de acordo com as estações.

Na sétima temporada, é claro, o inverno chegou. No passado, deixávamos as cortinas abertas por necessidade, em cenas internas em Winterfell ou Castelo Negro, para que alguma luz do dia pudesse entrar. Essa era nossa principal fonte de iluminação. Havia essa regra lá, que ninguém neste mundo queimaria velas durante o dia porque elas são um item de luxo, são muito caras.

O que acontece agora é que, com o inverno realmente aqui, houve um consenso de que seria uma tolice para esses personagens terem as cortinas abertas quando está fazendo muito frio. Por que eles fariam isso? Mas, por outro lado, isso torna muito mais difícil para um diretor de fotografia justificar alguma luz natural, sem exagerar as velas ou o fogo, ou o que você tiver.

Isso é interessante, e parece ser um consenso entre os profissionais da área.

No entanto, destaco que as imagens promocionais produzidas pela Helen Sloan sempre fazem os espectadores se derreterem ao revelar detalhes sobre figurino, maquiagem e cenários que não foram percebidos durante as cenas.

Assista ao trailer do episódio 8.03 clicando aqui.

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No primeiro especial de bastidores da 8ª temporada de Game of Thrones, The Game Revealed mostra aos fãs como foram feitas diversas cenas do aguardado episódio. Desde à chegada de Daenerys a Winterfell, e morte do roteirista Dave Hill, até o inesquecível passeio de dragão de Jon e Daenerys. Também vemos a visita de George Lucas de Star Wars ao set de filmagens, os detalhes da sequência de horror com Ned Umber, e a cena em que Jon Snow finalmente descobre sobre sua verdadeira ascendência.

Com comentários dos co-criadores David Benioff e D.B. Weiss, do diretor David Nutter, e dos atores Emilia Clarke (Daenerys Targaryen), Kit Harington (Jon Snow), Peter Dinklage (Tyrion Lannister), Maisie Williams (Arya Stark), Sophie Turner (Sansa Stark), Kristofer Hivju (Tormund) e mais.

A HBO começou a produzir The Game Revealed, uma série de curtas documentários, durante a sétima temporada da série. Recheado de informações de bastidores, é algo claramente feito pra quem gosta muito de Game of Thrones.

Veja aqui, detalhes dos figurinos e adereços do episódio 8.01 ‘Winterfell’.

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A HBO acaba de lançar um punhado de novas entrevistas com o elenco de ‘Game of Thrones‘, destacando as jornadas de seus respectivos personagens em uma despedida de seus papeis. No primeiro vídeo, atrizes e atores relembram suas histórias pessoais trabalhando na série da HBO ao longo da última década.

Entre as escolhas de suas cenas favoritas da série, momentos embaraçosos, difíceis, engraçados e bonitos, e análises sobre como cada um deles transformou suas carreiras através da obra:

O vídeo acima basicamente resume os demais. Se você ficou curioso para saber mais curiosidade sobre os bastidores, vem com a gente para ouvir mais de Emilia Clarke (Daenerys Targaryen); Iain Glen (Jorah Mormont); Isaac Hampstead Wright (Bran Star); John Bradley (Samwell Tarly); Kit Harington (Jon Snow); Lena Headey (Cersei Lannister); Liam Cunningham (Davos Seaworth); Maisie Williams (Arya Stark); Nikolaj Coster Waldau (Jaime Lannister); Peter Dinklage (Tyrion Lannister); Rory McCann(Sandor Clegane); e Sophie Turner (Sansa Stark). Em suas entrevistas individuais, os doze atores compartilham suas lembranças e impressões com mais profundidade.

E o final de Game of Thrones está chegando. Serão seis episódios de longa duração, recheados de confrontos, reencontros e revelações. O material promocional este ano é peculiar: apenas um trailer, e algumas imagens promocionais, além dos diversos pôsteres centrados no tema do trono de ferro. O canal também divulgou alguns teasers muito convidativos, como o que revela a vindoura batalha em Winterfell, e o reencontro entre Jon Snow e Arya Stark.

Game of Thrones retorna neste domingo, às 22h na HBO.

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Emilia Clarke, interprete de Daenerys Targaryen em Game of Thrones, publicou um belíssimo artigo  na revista New Yorker, revelando problemas de saúde enfrentados durante as gravações de Game of Thrones. A atriz foi diagnosticada com aneurisma cerebral, e esteve em sério risco durante muito tempo. Hoje, ela revela uma impressionante história de superação.

Em 2013, quando a notícia sobre a saúde de Emilia foi divulgada enquanto ela estava em turnê com Bonequinha de Luxo, chegamos a subir uma nota sobre o ocorrido no Game of Thrones BR. Tiramos do ar semanas mais tarde. Hoje, a atriz decide contar sua própria história, e temos a oportunidade de relembrar a jornada de Daenerys na série de TV com outros olhos.

No artigo para a New Yorker, Clarke falou publicamente pela primeira vez sobre ter sofrido dois aneurismas cerebrais, o primeiro ocorrendo pouco depois de terminar de filmar suas cenas para a primeira temporada de Game of Thrones. Ela revela que teve a primeira crise aos 24 anos, enquanto treinava com seu preparador físico.

Imediatamente senti como se um elástico estivesse apertando meu cérebro. Eu tentei ignorar a dor, mas simplesmente não consegui. Eu disse ao meu treinador que precisava fazer uma pausa. De alguma forma, quase engatinhando, cheguei ao vestiário. Quando cheguei ao banheiro, caí de joelhos, violentamente, volumosamente doente. Enquanto isso, a dor – como tiros, como facas, apertando – estava piorando. Em algum nível, eu sabia o que estava acontecendo: meu cérebro estava danificado.

Emilia foi levada às pressas para o hospital, onde passou por uma cirurgia “minimamente invasiva” para hemorragia subaracnóidea, também conhecida como hemorragia cerebral. Um pouco mais de duas semanas após a cirurgia, a atriz descobriu que sofria de afasia, uma condição que prejudica a capacidade de uma pessoa de processar a linguagem. Neste caso, ela não conseguia se lembrar do próprio nome.

Nunca vivi um medo como este – uma sensação de condenação. Eu conseguia ver a vida que teria, mas não era uma que valeria a pena viver. Sou uma atriz; Eu preciso lembrar minhas falas. Mas agora eu não conseguia lembrar meu nome… Nos meus piores momentos, eu queria desligar a tomada. Eu pedi à equipe médica para me deixar morrer. Meu trabalho – todo o meu sonho sobre o que minha vida seria – centrado na linguagem, na comunicação. Sem isso, eu estava perdida.

A afasia passou cerca de uma semana mais tarde, mas antes de Emilia deixar o hospital, disseram-lhe que descobriram um novo aneurisma, um menor, do outro lado do cérebro. E que ele poderia “estourar” a qualquer momento. Neste meio tempo, ela conta que continuava a sentir dores muito fortes, fraqueza, exaustão, ataques de pânico e ansiedade extremos. Promoveu a primeira temporada inteira com medo. Gravou a segunda temporada inteira sentindo dores, dificuldades, e achando que poderia morrer. Ela precisava se medicar com morfina nos compromissos de publicidade para a HBO.

A segunda temporada ia ser a minha pior. Eu não sabia o que Daenerys estava fazendo. Se puder ser realmente honesta, diria que a cada minuto de cada dia eu pensava que ia morrer.

Anos depois, quando ela fez exames após terminar as cenas para a 3ª temporada de Game of Thrones, os médicos disseram a ela que o aneurisma havia dobrado de tamanho e que seria melhor “cuidar disso”.

Embora lhe foi prometida uma operação relativamente simples, o procedimento falhou e ela ficou com um enorme sangramento cerebral que exigiu uma cirurgia totalmente invasiva em seguida. A recuperação foi longa e silenciosa, mas Emilia não deixou de honrar seus compromissos promovendo a série. Ela inclusive revela que durante a San Diego Comic Con de 2013, seu estado físico estava muito precário, e ela pensou que morreria na frente do público e dos entrevistadores diversas vezes.

Mas, apesar de todas as complicações, Emilia disse que ela se recuperou totalmente nos anos seguintes.

Me curei além das minhas esperanças mais irracionais. Agora estou em cem por cento.

Além de assinar o longo ensaio, Emilia participou de um segmento no podcast da New Yorker, onde desenvolve um pouco mais sobre o assunto. Escute a seguir:

O depoimento foi tão generosamente escrito para que ela pudesse divulgar sua instituição de caridade, que leva o nome de SameYou. O órgão visa fornecer tratamento para pessoas em recuperação de lesões cerebrais e derrame cerebral.

A SameYou tem como objetivo impulsionar pesquisas com a Stroke Association UK para entender as necessidades de recuperação de pessoas que sofrem lesões cerebrais, especialmente jovens.

Outros objetivos da instituição, incluem o financiamento de pesquisas clínicas e a formação de uma nova qualificação em treinamento em neurorreabilitação.

A oitava temporada de Game of Thrones estreia em 14 de abril.

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