Você pesquisou por calendário – Gelo & Fogo https://www.geloefogo.com/ Informações sobre a obra de George R. R. Martin Wed, 11 Jan 2023 13:25:50 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.1.6 140837471 Rhaegar e Lyanna estão na capa do calendário de ‘As Crônicas de Gelo e Fogo’ 2024 https://www.geloefogo.com/2023/01/rhaegar-e-lyanna-estao-na-capa-do-calendario-de-as-cronicas-de-gelo-e-fogo-2024.html?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=rhaegar-e-lyanna-estao-na-capa-do-calendario-de-as-cronicas-de-gelo-e-fogo-2024 https://www.geloefogo.com/2023/01/rhaegar-e-lyanna-estao-na-capa-do-calendario-de-as-cronicas-de-gelo-e-fogo-2024.html#comments Wed, 11 Jan 2023 13:25:50 +0000 https://www.geloefogo.com/?p=109982 Um feliz novo ano para todos os leitores do site Gelo & Fogo com essa notícia muito bacana: o próximo […]

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Um feliz novo ano para todos os leitores do site Gelo & Fogo com essa notícia muito bacana: o próximo calendário oficial de As Crônicas de Gelo e Fogo já ganhou arte de capa. Desta vez, o artista que ilustrará os meses será ninguém menos que Justin Sweet, ilustrador premiado conhecidos pelas artes conceituais de filmes de grande sucesso como As Crônicas de Nárnia, Star Wars, e Vingadores.

A arte da capa certamente gerou certa discussão entre os fãs pelas redes sociais, especialmente sobre o momento em que a cena retratada ocupa em As Crônicas de Gelo e Fogo. Espera-se que saberemos mais sobre esta cena no próximo livro da saga, Os Ventos do Inverno.

Justin Sweet já havia colaborado para o universo de Westeros tendo artes conhecidas na enciclopédia O Mundo de Gelo e Fogo.

A revelação da capa do novo calendário da série, como tradição, foi feita pelo próprio escritor George R. R. Martin em seu Not a Blog.

De acordo com a editora Random House, o calendário será lançado em 25 de julho.


O calendário 2024 de As Crônicas de Gelo & Fogo entra em pré-venda em breve.

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O calendário As Crônicas de Gelo e Fogo de 2023 tem como tema o livro Fogo & Sangue, e já está disponível nas melhores lojas do ramo. As treze ilustrações que compõem a nova edição da tradicional publicação foram criadas por diversos artistas já conhecidos pelos leitores de George R. R. Martin, e alguns estreantes.

A Sala da Mesa Pintada;

Arte do mês de janeiro, por René Aigner.

Um mito comum, muito frequente entre os ignorantes, afirma que Aegon Targaryen jamais havia posto os pés no solo de Westeros antes do dia em que zarpou para conquistar o continente, mas isso não pode ser verdade. Anos antes dessa viagem, a Mesa Pintada fora esculpida e decorada por ordem do lorde Aegon: uma placa colossal de madeira, com cerca de quinze metros de comprimento, esculpida no formato de Westeros e pintada para representar todas as florestas e cidades, todos os rios e castelos dos Sete Reinos. Claramente, o interesse de Aegon por Westeros era muito anterior aos acontecimentos que o levaram à guerra.

Fogo & Sangue – A Conquista de Aegon

A Queima de Harrenhal;

Arte do mês de fevereiro, por Marc Simonetti.

Quando os últimos resquícios de luz do sol desapareceram, os homens de Harren Negro observaram fixamente a escuridão que se adensava, agarrados a suas lanças e bestas. Ao verem que não aparecia nenhum dragão, alguns talvez tenham pensado que as ameaças de Aegon eram vazias. Mas Aegon Targaryen levou Balerion até as alturas, através das nuvens, para cima, para cima, até o dragão ficar pequeno como uma mosca diante da lua. Só então ele desceu, direto dentro das muralhas do castelo. Com asas negras feito breu, Balerion mergulhou na noite e, quando as grandes torres de Harrenhal apareceram debaixo dele, rugiu com sua fúria e as cobriu de chamas negras, entremeadas de labaredas vermelhas.

Pedras não queimam, alardeara Harren, mas seu castelo não era feito apenas de pedra. Madeira e lã, cânhamo e palha, pão e carne salgada e grãos, tudo pegou fogo. E tampouco os homens de ferro de Harren eram feitos de pedra. Fumegantes, aos gritos, cobertos de chamas, eles correram pelos pátios e caíram dos adarves para morrer no chão abaixo. E até pedras racham e fundem sob um fogo quente o bastante. Os senhores fluviais em torno das muralhas do castelo disseram depois que as torres de Harrenhal brilharam vermelhas sob a noite, como cinco grandes velas… e, como tais, começaram a se retorcer e derreter, conforme regatos de pedra liquefeita corriam pelas laterais.

Fogo & Sangue – A Conquista de Aegon

 

Batalha no Campo de Fogo;

Arte do mês de março, por René Aigner.

Aegon voou com Balerion por cima das fileiras de seus inimigos, através de uma tormenta de lanças, pedras e flechas, e desceu repetidas vezes para banhá-los em chamas. Rhaenys e Visenya lançaram fogo de encontro aos inimigos e em sua retaguarda. O capim e o trigo seco se inflamaram imediatamente. O vento espalhou as chamas e soprou a fumaça no rosto dos homens dos dois reis, que avançavam. O cheiro de queimado levou as montarias ao pânico, e, quando a fumaça se adensou, cavalos e cavaleiros perderam toda a visão. As fileiras começaram a se desfazer à medida que as muralhas de fogo se erguiam por todos os lados. Os homens do lorde Mooton, a favor do vento e protegidos da conflagração, esperaram com arcos e lanças e se apressaram a matar os homens queimados ou em chamas que saíam aos tropeços do incêndio.

Mais tarde, a batalha receberia o nome de Campo de Fogo.

Fogo & Sangue – A Conquista de Aegon

A Boa Rainha Alysanne visita A Muralha;

Arte do mês de abril, por René Aigner.

Os homens da Patrulha da Noite ficaram tão fascinados pela dragão da rainha quanto o povo de Porto Branco, embora a rainha mesmo tenha observado que Asaprata “não gosta desta Muralha”. Mesmo que fosse verão e a Muralha chorasse, o frio do gelo ainda se fazia sentir sempre que o vento soprava, e a cada rajada a dragão sibilava e mordia o ar. “Três vezes voei com Asaprata muito acima de Castelo Negro, e três vezes tentei levá-la para o norte além da Muralha”, escreveu Alysanne para Jaehaerys, “mas em todas ela se virou para o sul de novo e se negou a ir. Ela nunca se negara a me levar aonde eu queria ir. Dei risada quando voltei a descer, para que os irmãos negros não percebessem que havia algo errado, mas aquilo me perturbou na ocasião, e ainda me perturba.”

Fogo & Sangue –  Jaehaerys e Alysanne: Triunfos e tragédias

 

Os três cronistas da Dança dos Dragões – Eustace, Cogumelo e Runciter;

Arte do mês de maio, por Chase Stone.

O septão Eustace, que serviu no septo real na Fortaleza Vermelha durante boa parte da vida e depois subiu ao posto de Mais Devoto, registrou a história mais detalhada desse período. Como confidente e confessor do rei Viserys e suas rainhas, Eustace estava bem posicionado para saber muita coisa do que acontecia. E ele não foi reticente na hora de registrar mesmo os mais chocantes e lascivos boatos e acusações, embora o texto de O reinado do rei Viserys, primeiro de seu nome, e a dança dos dragões que veio depois continue sendo uma história sóbria e um tanto tediosa.

Para equilibrar Eustace, temos O testemunho do Cogumelo, baseado no relato verbal do bobo da corte (registrado por um escriba que não incluiu seu nome) que, em várias ocasiões, ofereceu distração para o rei Viserys, a princesa Rhaenyra e os dois Aegons, o Segundo e o Terceiro. Anão de noventa centímetros com uma cabeça enorme (e, afirma ele, um membro mais enorme ainda), Cogumelo era visto como imbecil, e por isso reis e senhores e princesas não se deram ao trabalho de esconder segredos dele. Enquanto o septão Eustace registra os segredos dos quartos de dormir e bordéis em tons de sigilo e condenatórios, Cogumelo tem prazer nisso, e seu testemunho consiste basicamente de histórias e fofocas desbocadas, muitos esfaqueamentos, envenenamentos, traições, seduções e deboche. No quanto disso podemos acreditar é uma questão que o historiador honesto não pode querer responder, mas vale comentar que o rei Baelor, o Abençoado, decretou que todos os exemplares da história do Cogumelo deveriam ser queimados. Felizmente para nós, alguns escaparam do fogo.
O septão Eustace e Cogumelo nem sempre concordam nos detalhes, e às vezes seus relatos são consideravelmente diferentes um do outro, e dos registros e crônicas da corte do grande meistre Runciter e seus sucessores. Mas as histórias explicam muita coisa que poderia parecer intrigante, e relatos posteriores confirmam o suficiente das histórias deles para sugerir que contêm pelo menos uma parcela de verdade. A questão de em que acreditar e de que duvidar fica a cargo de cada estudante.
Fogo & Sangue – Herdeiros do dragão: Uma questão de sucessão

Os Negros e os Verdes;

Arte do mês de junho, por Magali Villeneuve.

Mas a princesa Rhaenyra continuava se sentando no pé do Trono de Ferro sempre que seu pai presidia, e Sua Graça começou a levá-la também a reuniões do pequeno conselho. Embora muitos senhores e cavaleiros buscassem o favor dela, a princesa só tinha olhos para sor Criston Cole, o jovem campeão da Guarda Real e seu companheiro constante.

— Sor Criston protege a princesa dos inimigos, mas quem protege a princesa de sor Criston? — perguntou a rainha Alicent na corte um dia.

A amizade entre Sua Graça e a enteada acabou se mostrando pouco duradoura, pois tanto Rhaenyra quanto Alicent aspiravam ser primeira-dama do reino… e embora a rainha tivesse dado ao rei não um, mas dois herdeiros homens, Viserys não fez nada para mudar a ordem de sucessão. A Princesa de Pedra do Dragão continuou sendo a herdeira reconhecida, com metade dos senhores de Westeros jurados a defender os direitos dela. Os que perguntavam “E as decisões do Grande Conselho de 101?” percebiam que suas palavras pareciam não ser ouvidas. A questão havia sido decidida, no que dizia respeito ao rei Viserys; não era uma questão que Sua Graça desejasse revisitar.

Fogo & Sangue – Herdeiros do dragão: Uma questão de sucessão

 

As Nove Viagens de Corlys Velaryon;

Arte de página dupla, por Marc Simonetti.

Mas mesmo com esses antepassados, Corlys Velaryon era um homem diferente, tão brilhante quanto inquieto, tão aventureiro quanto ambicioso. Era tradicional que os filhos do cavalo-marinho (o símbolo da Casa Velaryon) recebessem uma amostra da vida de marinheiro quando jovens, mas nenhum Velaryon antes dele ou depois incorporou a vida a bordo com a ansiedade do garoto que se tornaria o Serpente Marinha. Ele atravessou o mar estreito pela primeira vez aos seis anos para viajar até Pentos com um tio. Depois, Corlys fez viagens assim todos os anos. E ele não viajava como passageiro; ele subia em mastros, dava nós, esfregava conveses, remava, tapava buracos, erguia e baixava velas, cuidava da gávea, aprendeu a navegar e guiar. Seus capitães diziam que nunca tinham visto um marinheiro tão natural.

Aos dezesseis anos, ele se tornou capitão e levou um barco de pesca chamado Rainha do Bacalhau de Derivamarca até Pedra do Dragão e voltou. Nos anos seguintes, os navios dele foram ficando maiores e mais velozes, as viagens, mais longas e mais perigosas. Ele levou navios pela parte de baixo de Westeros para visitar Vilavelha, Lannisporto e Fidalporto, em Pyke. Viajou até Lys, Tyrosh, Pentos e Myr. Levou o Donzela do Verão até Volantis e as Ilhas do Verão, e o Lobo de Gelo para o norte, até Braavos, Atalaialeste do Mar e Durolar antes de entrar no Mar Tremente para ir a Lorath e Porto de Ibben. Em uma viagem posterior, ele e o Lobo de Gelo seguiram novamente para o norte em busca de uma suposta passagem pelo alto de Westeros, mas só encontraram mares congelados e icebergs grandes como montanhas.

Fogo & Sangue – Herdeiros do dragão: Uma questão de sucessão

O Grande Torneio de Porto Real do ano 111 d.C;

Arte do mês de julho, por Chase Stone.

Em 111 DC, um grande torneio foi organizado em Porto Real, no quinto aniversário do casamento do rei com a rainha Alicent. Na festa de abertura, a rainha estava usando um vestido verde, enquanto a princesa se vestiu dramaticamente de vermelho e preto dos Targaryen. Isso foi observado, e depois virou costume se referir aos “verdes” e aos “pretos” ao falar sobre o séquito da rainha e o séquito da princesa, respectivamente. No torneio em si, os pretos se saíram muito melhor quando sor Criston Cole, usando a prenda da princesa Rhaenyra, derrubou do cavalo todos os campeões da rainha, inclusive dois primos dela e seu irmão mais novo, sor Gwayne Hightower.

Fogo & Sangue – Herdeiros do dragão: Uma questão de sucessão

 

The Cannibal, Grey Ghost e Sheepstealer;

Além disso, seis outros dragões fizeram toca nas cavernas fumegantes de Monte Dragão, acima do castelo. Havia Asaprata, a antiga montaria da Boa Rainha Alysanne; Fumaresia, um animal cinza-pálido que foi o orgulho e paixão de sor Laenor Velaryon; o respeitável Vermithor, que não era montado desde a morte do rei Jaehaerys. E atrás da montanha havia três dragões selvagens, nunca reivindicados nem montados por nenhum homem, vivo ou morto. A plebe os chamava de Roubovelha, Fantasma Cinza e Canibal.

Fogo & Sangue – A morte dos dragões: Os pretos e os verdes

 

O maior e mais velho dos dragões selvagens era Canibal, chamado assim porque se sabia que ele se alimentava da carcaça de dragões mortos e atacava os ninhos de Pedra do Dragão para se saciar com filhotes recém-nascidos e ovos. Negro como carvão e com olhos de um verde doentio, havia quem dissesse que o Canibal fizera seu covil em Pedra do Dragão antes mesmo da vinda dos Targaryen. (Tanto o grande meistre Munkun quanto o septão Eustace acham essa história extremamente improvável, assim como eu.) Houve uma dúzia de pretensos domadores de dragões que tentaram montá-lo; seu covil estava coberto com os ossos deles. Nenhuma das sementes de dragão teve a insensatez de perturbar Canibal (qualquer um que tentasse não voltava para contar história). Alguns procuraram Fantasma Cinza, mas não conseguiram encontrá-lo, pois ele era uma criatura muito arredia. Roubovelha foi mais fácil de atrair, mas ele ainda era um animal feroz e furioso e matou mais sementes do que três “dragões de castelo” juntos. Um que pretendia domá-lo (após não ter sucesso em sua busca por Fantasma Cinza) era Alyn de Casco. Roubovelha não quis saber. Quando Alyn saiu correndo do covil do dragão com o manto em chamas, foi apenas a reação rápida do irmão que lhe salvou a vida. Fumaresia afugentou o dragão selvagem enquanto Addam usava o próprio manto para abafar o fogo. Alyn Velaryon levaria as cicatrizes do encontro nas costas e nas pernas pelo resto de sua longa vida. No entanto, ele se considerava afortunado, pois viveu. Várias outras sementes ou aspirantes que pretenderam voar no dorso de Roubovelha acabaram indo parar na barriga do dragão.

Fogo & Sangue – A morte dos dragões: O dragão vermelho e o dourado

 

 

Coroação de Rhaenyra Targaryen;

Arte do mês de setembro, por Hristo Chukov.

Contudo, era impossível fazer desaparecer o Trono de Ferro. E a rainha Rhaenyra tampouco dormiria sem reivindicar para si o assento de seu pai. Então foram acesas as tochas da sala do trono, e a rainha subiu os degraus de ferro e se sentou onde antes se sentara o rei Viserys, e antes dele o Velho Rei, e Maegor e Aenys e Aegon, o Dragão, nos dias de outrora. Com uma expressão séria, e ainda de armadura, ela ocupou aquele assento alto enquanto todo homem e toda mulher da Fortaleza Real era levado diante dela e obrigado a se ajoelhar, suplicar perdão e jurar dar a vida e a espada e a honra por ela, sua rainha.

Fogo & Sangue – A morte dos dragões: O dragão vermelho e o dourado

 

A morte de Sor Criston Cole;

Arte do mês de outubro, por Hristo Chukov.
Exibindo uma bandeira de paz, a Mão do rei Aegon saiu para negociar com eles. Três desceram da elevação para encontrá-lo. À frente veio sor Garibald Grey, trajando armadura amassada e cota de malha. Pate de Folhalonga o acompanhava, o Matador de Leões que derrotara Jason Lannister, junto com Roddy Ruína, exibindo as cicatrizes que sofrera no Banquete dos Peixes.
— Se eu baixar meus estandartes, vocês prometem poupar nossas vidas? — perguntou sor Criston aos três.
— Fiz minha promessa aos mortos — respondeu sor Garibald. — Falei para eles que construiria um septo com ossos de traidores. Ainda faltam muitos ossos, então…
— Se houver batalha aqui — respondeu sor Criston —, muitos dos seus também vão morrer.
O nortenho Roderick Dustin riu diante dessas palavras, dizendo:
— É por isso que nós viemos. O inverno chegou. É nossa hora de ir. Não tem morte melhor do que com a espada na mão.
Sor Criston tirou sua espada longa da bainha.
— Como queiram. Podemos começar aqui, nós quatro. Eu sozinho contra vocês três. Acham que basta para uma luta?
Mas Folhalonga, Matador de Leões, respondeu: — Quero mais três. —

E, do alto do elevado, Ruivo Robb Rivers e dois de seus arqueiros ergueram seus arcos longos. Três flechas voaram sobre o campo, atingindo Cole na barriga, no pescoço e no peito.

— Não quero nenhuma canção sobre sua bravura ao morrer, Fazedor de Reis — declarou Folhalonga. — Dezenas de milhares morreram por sua causa. — Ele estava falando com um cadáver.

Fogo & Sangue – A morte dos dragões: Rhaenyra triunfante

Ataque ao Fosso dos Dragões;

Arte do mês de novembro, por Marc Simonetti.

Não há consenso algum entre os cronistas a respeito da quantidade de homens e mulheres que morreram naquela noite sob a grande redoma do Fosso dos Dragões: duzentos ou dois mil, tanto faz. Para cada homem morto, houve dez que sofreram queimaduras e sobreviveram. Trancados dentro do fosso, restringidos pelas paredes e pela redoma e presos por pesadas correntes, os dragões não conseguiram voar, nem usar as asas para evitar ataques e descer sobre seus inimigos. Eles lutaram apenas com chifres e garras e dentes, virando-se para um lado e para o outro como touros em uma arena de ratos na Baixada das Pulgas… mas esses touros cuspiam fogo. “O Fosso dos Dragões se transformou em um inferno de chamas onde homens queimados cambaleavam aos berros em meio à fumaça, enquanto a carne caía de seus ossos enegrecidos”, escreve o septão Eustace, “mas, para cada homem que caía, outros dez apareciam, gritando que os dragões precisavam morrer. Um a um, eles morreram.”

Fogo & Sangue – A morte dos dragões: Rhaenyra destituída

 

Moondancer enfrenta Sunfyre;

Arte do mês de dezembro, por Magali Villeneuve.

E foi assim que, quando o rei Aegon II voou com Sunfyre por cima do cume fumegante do Monte Dragão e desceu, na expectativa de fazer sua entrada triunfal em um castelo dominado por seus homens, depois que todos os aliados da rainha estivessem presos ou mortos, ele foi recebido por Baela Targaryen, filha do príncipe Daemon com a senhora Laena, e tão destemida quanto o pai.

Bailalua era uma dragão jovem, verde-clara, com articulações nas asas, chifres e crista cor de pérola. Sem contar as asas enormes, ela tinha o mesmo tamanho de um cavalo de batalha, e pesava menos. Mas era muito ágil, e Sunfyre, embora fosse muito maior, ainda penava com uma asa deformada e havia sofrido ferimentos novos de Fantasma Cinza.

Eles se debateram na escuridão que precede a alvorada, sombras no céu que iluminavam a noite com suas labaredas. Bailalua se esquivou das chamas de Sunfyre, de seus dentes, voou intacta por baixo das garras que tentaram pegá-la, e então fez a volta e arranhou o dragão maior por cima, abrindo um

ferimento comprido e fumegante nas costas dele e rasgando a asa avariada. As testemunhas no chão disseram que Sunfyre cambaleava no ar, penando para não cair, quando Bailalua virou e voltou a atacá-lo, cuspindo fogo. Sunfyre respondeu com um jorro incandescente de chamas douradas tão intensas que iluminaram o pátio como um segundo sol, um disparo que acertou bem nos olhos de Bailalua. É bem provável que a dragão jovem tenha ficado cega naquele instante, mas continuou voando, chocando-se com Sunfyre em uma confusão de asas e garras. Conforme eles caíam, Bailalua atacou repetidas vezes o pescoço de Sunfyre, arrancando pedaços de carne, enquanto o dragão mais velho cravava suas garras na barriga dela. Envolta em fogo e fumaça, cega e sangrando, Bailalua bateu as asas desesperadamente enquanto tentava se soltar, mas seus esforços apenas desaceleraram a queda.

Fogo & Sangue: A morte dos dragões: Rhaenyra destituída

 


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O Calendário O Mundo de Fogo & Sangue estará disponível ainda este ano em todas as lojas especializadas do ramo. A publicação é uma adição à família dos tradicionais calendários de As Crônicas de Gelo e Fogo. Para 2023, a editora Random House apresentará aos fãs da obra novas artes criadas por ilustradores já conhecidos deste universo.

Calendário O Mundo de Fogo & Sangue
Capa do calendário O Mundo de Fogo & Sangue 2023

Nas artes já divulgadas pela equipe de Martin, temos trabalhos de Marc Simonetti, Magali Villeneuve, Chase Stone e René Aigner. Conheça a seguir:

Calendário O Mundo de Fogo & Sangue
Rhaenyra e Alicent por Magali Villeneuve.
Calendário O Mundo de Fogo & Sangue
Mesa Pintada em Pedra do Dragão, por René Aigner.
Calendário O Mundo de Fogo & Sangue
Os cronistas da Dança dos Dragões: Septão Eustace, Meistre Munkun e Cogumelo, por Chase Stone.
Calendário O Mundo de Fogo & Sangue
Aegon, o Conquistador, ataca Harrenhal, por Marc Simonetti.

A Dança dos Dragões é o período mais infame da história de Westerosi, no qual dois pretendentes legítimos ao Trono de Ferro, juntamente com seus apoiadores – e seus dragões! – lutaram pelo direito de sentar no lendário assento. Agora, nas páginas deste calendário épico – o primeiro focado exclusivamente no material de Fire & Blood de George RR Martin – uma seleção de artistas revela treze imagens originais dos dias gloriosos e sangrentos em que os Targaryen reinavam supremos e seus dragões dominavam sobre os céus.

O lançamento do Calendário O Mundo de Fogo & Sangue está previsto para julho deste ano.
Para adquirir o seu na pré-venda, acesse sua loja de preferência.


Clique aqui para se atualizar sobre o andamento da escrita de Os Ventos do Inverno.

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Divulgadas artes do calendário 2022 de As Crônicas de Gelo e Fogo https://www.geloefogo.com/2021/07/divulgadas-artes-do-calendario-2022-de-as-cronicas-de-gelo-e-fogo.html?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=divulgadas-artes-do-calendario-2022-de-as-cronicas-de-gelo-e-fogo https://www.geloefogo.com/2021/07/divulgadas-artes-do-calendario-2022-de-as-cronicas-de-gelo-e-fogo.html#respond Thu, 29 Jul 2021 04:19:54 +0000 https://www.geloefogo.com/?p=108559 O calendário As Crônicas de Gelo e Fogo 2022 foi lançado no último dia 27, e parte das imagens estão […]

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O calendário As Crônicas de Gelo e Fogo 2022 foi lançado no último dia 27, e parte das imagens estão disponíveis na internet para apreciação. Na nova edição da tradicional publicação, a artista espanhola Arantza Sestayo é responsável pelas ilustrações que encenam cenas icônicas dos livros de George R. R. Martin.

calendário 2022 As Crônicas de Gelo e Fogo
Capa do Calendário 2022 de As Crônicas de Gelo e Fogo.

A seguir, compartilhamos parte das artes. Entre elas, Sansa e sua loba, Arya trabalhando no Porto do Trapeiro, a morte de Jon Snow, Aegon I e Balerion, e mais:

 

A Gata dos Canais

 

Só aos braavosianos era permitido o uso do Porto Púrpura, da Cidade Afogada e do Palácio do Senhor do Mar; navios pertencentes às cidades-irmãs e do resto do grande mundo tinham de usar o Porto do Trapeiro, mais pobre, violento e sujo. Também mais barulhento, pois marinheiros e mercadores de meia centena de terras se aglomeravam em seus cais e vielas, misturando-se com aqueles que os serviam e os depredavam. Era o lugar de que a Gata mais gostava em Braavos. Gostava do barulho e dos cheiros estranhos, e de ver que navios tinham chegado na maré da noite e que outros haviam partido. Também gostava dos marinheiros; dos ruidosos tyroshinos com suas vozes trovejantes e barbas pintadas; dos lysenos de cabelos claros, sempre tentando baixar os preços mais uma ninharia; dos atarracados e peludos marinheiros do Porto de Ibben, rosnando pragas em vozes baixas e ásperas. Seus preferidos eram os ilhéus do verão, com suas peles tão lisas e escuras como teca. Usavam mantos de penas vermelhas, verdes e amarelas, e os grandes mastros e velas brancas de seus navios cisne eram magníficos. Por vezes também havia westerosianos, remadores e marinheiros de carracas de Vilavelha, galés mercantes de Valdocaso, Porto Real e Vila Gaivota, cocas de vinho de casco largo vindas da Árvore. Gata conhecia as palavras braavosianas para mexilhões, conquilhas e amêijoas, mas ao longo do Porto do Trapeiro apregoava a mercadoria em língua franca, a dos ancoradouros, docas e tabernas de marinheiro, uma grosseira confusão de palavras e frases numa dúzia de línguas, acompanhada por sinais e gestos de mãos, a maioria dos quais insultuosa. Era desses que Gata mais gostava.

—— O Festim dos Corvos; Gata dos Canais

 

 

Sansa e Lady

calendário 2022 As Crônicas de Gelo e Fogo

Foi um sonho tão bom, pensou Sansa, sonolenta. Estava de volta a Winterfell, correndo pelo bosque sagrado com sua lady. O pai estava lá, e os irmãos também, todos quentes e em segurança. Se os sonhos pudessem se tornar realidade… Afastou os cobertores. Tenho de ser corajosa. Seus tormentos terminariam em breve, de um modo ou de outro. Se Lady estivesse aqui, não teria medo. Mas Lady estava morta; Robb, Bran, Rickon, Arya, o pai, a mãe, até a septã Mordane. Todos mortos, menos eu. Agora estava sozinha no mundo.

—— A Tormenta de Espadas; Sansa IV

A Fortaleza de Craster

A primeira vez que estivera na Fortaleza de Craster, Goiva viera lhe suplicar ajuda, e Sam emprestara seu manto negro para esconder sua barriga quando foi à procura de Jon Snow. Espera-se que os cavaleiros defendam mulheres e crianças. Só alguns dos irmãos de negro eram cavaleiros, mesmo assim… Todos proferimos as palavras, pensou Sam. Sou o escudo que defende os reinos dos homens. Uma mulher era uma mulher, mesmo que fosse selvagem. Devíamos ajudá-la. Devíamos. Era pelo filho que Goiva temia; tinha medo de que pudesse ser um menino. Craster criava as filhas para se tornarem suas esposas, mas não se viam nem homens nem garotos no seu complexo.

—— A Tormenta de Espadas; Samwell II

Jon Snow

 

Então Bowen Marsh parou diante dele, lágrimas correndo pelo rosto.

— Pela Patrulha.

Acertou Jon na barriga. Quando tirou a mão, a adaga ficou onde ele a havia enterrado. Jon caiu de joelhos. Pegou a adaga pelo cabo e a arrancou. No ar frio da noite, a ferida soltava fumaças.

— Fantasma — sussurrou.

A dor tomou conta dele. Espete no adversário a ponta aguçada. Quando a terceira adaga o atingiu entre as omoplatas, ele deu um grunhido e caiu com o rosto na neve. Nunca sentiu a quarta faca. Apenas o frio…

—— A Dança dos Dragões; Jon XIII

Lady Stoneheart

 

Quando abaixou o capuz, algo se apertou no peito de Merrett, e por um momento não conseguiu respirar. Não. Não, eu a vi morrer. Ela esteve morta durante um dia e uma noite antes de a despirem e atirarem seu corpo no rio. Raymund abriu a garganta dela de orelha a orelha. Ela estava morta.

O manto e o colarinho escondiam o golpe que a lâmina do irmão tinha feito, mas seu rosto estava em estado pior ainda do que ele se lembrava. A carne tornara-se esponjosa na água e tomara a cor do leite coalhado. Metade dos cabelos tinha desaparecido, e o resto ficou tão branco e quebradiço como o de uma velha. Sob o couro cabeludo destroçado, o rosto era feito de pele rasgada e sangue negro, nos locais em que a cortara com as próprias unhas. Mas os olhos eram aquilo que tinha de mais terrível. Os olhos o fitavam, e o odiavam.

—— A Tormenta de Espadas; Epílogo

O funeral do rei Joffrey

 

— Deixe-me levantar. Se formos descobertos assim…

Relutantemente, rolou de cima dela e ajudou-a a sair do altar. O mármore branco estava manchado de sangue. Jaime limpou-o com a manga, após o que se dobrou para apanhar as velas que derrubara. Felizmente todas tinham se apagado quando caíram. Se o septo tivesse se incendiado, podia nem ter reparado.

— Isso foi uma loucura. — Cersei ajeitou o vestido. — Com o pai no castelo… Jaime, temos de ter cuidado.

— Estou farto de ter cuidado. Os Targaryen casavam-se entre irmãos, por que não podemos fazer o mesmo? Case-se comigo, Cersei. Erga-se perante o reino e diga que é a mim que quer.

—— A Tormenta de Espadas; Jaime VII

Petyr Baelish

 

 Descobri que os bordéis são um investimento muito mais lucrativo que os navios. As prostitutas raramente se afundam, e quando são abordadas por piratas, ora, os piratas pagam em boa moeda como qualquer outra pessoa.

—— A Guerra dos Tronos; Eddard IX

Melisandre e Davos

 

Da última vez foi vida o que trouxe a Ponta Tempestade, moldada para se parecer com cebolas. Dessa vez é morte, sob a forma de Melisandre de Asshai. Dezesseis anos antes, as velas tinham rangido e batido a cada mudança de vento, até que ele as recolheu e prosseguiu com remos envoltos em panos. Mesmo assim, avançara com o coração na garganta. Mas os homens nas galés Redwyne tinham relaxado depois de tanto tempo, e ele deslizara através da guarda com a suavidade de cetim negro. Daquela vez, os únicos navios à vista pertenciam a Stannis, e o único perigo viria dos vigias nas muralhas do castelo. Mesmo assim, Davos sentia-se tenso como a corda de um arco.

Melisandre aconchegou-se em uma bancada, perdida nas dobras de um manto vermelho-escuro que a cobria da cabeça aos pés, com a face pálida sob o capuz. Davos adorava a água. Dormia melhor quando tinha um convés balançando por baixo do corpo, e o suspiro do vento no cordame era para ele um som mais doce do que qualquer coisa que um cantor conseguisse tirar das cordas de sua harpa. Mas nem mesmo o mar lhe trazia conforto naquela noite.

—— A Fúria dos Reis; Davos II

Assembleia de Homens Livres

 

A Assembleia de Homens Livres escolhera Euron Olho de Corvo, mas a Assembleia de Homens Livres era feita de homens, e homens eram coisas fracas e tolas, muito facilmente manipulados por ouro e mentiras. Eu os convoquei aqui, aos ossos de Nagga no Salão do Rei Cinzento. Eu os chamei todos juntos para escolherem um rei de direito, mas em sua insensatez embriagada, eles pecaram. Cabia a ele desfazer o que eles haviam feito.

—— Os Ventos do Inverno; O Abandonado

 

Meistre Cressen

 

O meistre estava de pé, na varanda varrida pelo vento, do lado de fora dos seus aposentos. Era ali que chegavam os corvos depois de longos voos. Os excrementos das aves salpicavam as gárgulas, que se erguiam a uma altura de três metros e meio, de ambos os lados; um mastim do inferno e uma serpe, dois dos mil exemplares que se empoleiravam nas muralhas da antiga fortaleza. Quando chegara à Pedra do Dragão, o exército das grotescas esculturas de pedra costumava deixá-lo incomodado, mas com a passagem dos anos foi se acostumando. Agora, pensava nelas como velhas amigas. Os três observaram juntos o céu, tomados por pressentimentos.

O meistre não acreditava em presságios. E, no entanto… Apesar de ser tão velho, Cressen nunca vira um cometa com metade do brilho daquele, nem daquela cor, aquela cor terrível, do sangue, da chama e dos crepúsculos. Perguntou a si mesmo se suas gárgulas já teriam visto algo parecido. Já estavam ali muito tempo antes de ele chegar, e ainda lá permaneceriam muito depois de ele partir. Se línguas de pedra falassem…

—— A Fúria dos Reis; Prólogo

Os Outros

Mesmo assim, há outras histórias ‒ mais difíceis de se acreditar, mas mais centradas nos relatos antigos ‒ sobre criaturas conhecidas como os Outros. Segundo esses contos, eles vieram das congeladas Terras de Sempre Inverno, trazendo o frio e a escuridão com eles enquanto tentavam extinguir toda luz e calor. Os contos prosseguem dizendo que essas criaturas cavalgavam em monstruosas aranhas de gelo e em cavalos dos mortos, ressuscitados para servi- los, assim como ressuscitavam homens mortos para lutar em seu nome.

De que maneira a Longa Noite chegou ao fim é assunto para as lendas, tal como aconteceu com todas essas questões do passado distante. No Norte, falam sobre um último herói que buscou a ajuda dos filhos da floresta, seus companheiros o abandonaram ou morreram um a um enquanto enfrentavam gigantes vorazes, servos gelados e os próprios Outros. Sozinho, ele finalmente encontrou os filhos, apesar dos esforços dos caminhantes brancos, e todos os contos comprovam que este foi um momento de virada. Graças aos filhos da floresta, os primeiros homens da Patrulha da Noite se uniram e foram capazes de lutar ‒ e vencer ‒ a Batalha da Aurora: a batalha final que acabou com o inverno sem fim e mandou os Outros de volta ao norte congelado. Agora, seis mil anos depois (ou oito mil como a História Verdadeira afirma), a Muralha feita para defender os reinos dos homens ainda é ocupada pelos irmãos juramentados da Patrulha da Noite, e os Outros ou os filhos da floresta não são vistos há muitos séculos.

—— O Mundo de Gelo e Fogo; A Longa Noite

 

Aegon e Balerion

Entre cada dedo havia uma lâmina, pontas de espadas retorcidas que se projetavam em leque, como garras, dos braços do trono. Mesmo após três séculos, algumas ainda eram suficientemente afiadas para cortar. O Trono de Ferro estava cheio de armadilhas para os incautos. Segundo as canções, tinham sido necessárias mil lâminas para fazê-lo, aquecidas até brilharem, brancas, pelo sopro de fornalha de Balerion, o Terror Negro. A batedura levara cinquenta e nove dias. E o resultado fora aquela besta negra e corcovada feita de gumes de lâminas, farpas e tiras de metal aguçado; uma cadeira capaz de matar um homem, e que já o fizera, se fosse possível acreditar nas histórias.

—— A Guerra dos Tronos; Eddard XI

As imagens foram garimpadas pelo Tumblr A Song of Ice and Fire Source.


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As ilustrações do calendário 2021 de ‘As Crônicas de Gelo e Fogo’ https://www.geloefogo.com/2020/08/as-ilustracoes-do-calendario-2021-de-as-cronicas-de-gelo-e-fogo.html?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=as-ilustracoes-do-calendario-2021-de-as-cronicas-de-gelo-e-fogo https://www.geloefogo.com/2020/08/as-ilustracoes-do-calendario-2021-de-as-cronicas-de-gelo-e-fogo.html#comments Mon, 10 Aug 2020 04:06:37 +0000 https://www.geloefogo.com/?p=107923 Como anunciamos anteriormente, a ilustradora Sam Hogg é responsável por todas as artes presentes no calendário 2021 de As Crônicas […]

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Como anunciamos anteriormente, a ilustradora Sam Hogg é responsável por todas as artes presentes no calendário 2021 de As Crônicas de Gelo e Fogo. O produto chegou às lojas especializadas na última semana, e apresentou uma mistura curiosa de painéis, abrangendo os livros da saga tradicional, e também os dragões de Fogo & Sangue.

Conheça todas as cenas criadas, a seguir.

O casamento de “Arya” e Ramsay

Calendário Crônicas 2021

Mas nunca vira o bosque sagrado assim antes: cinza e fantasmagórico, coberto com névoas mornas, luzes esparsas e vozes sussurradas que pareciam vir de todos os lugares e de nenhum. Sob as árvores, as águas termais fumegavam. Vapores quentes erguiam-se da terra, cercando as árvores com seu hálito úmido, subindo pelas paredes para desenhar cortinas cinzentas pelas janelas. Havia uma espécie de caminho, um sinuoso percurso de pedras quebradas cobertas com musgo, meio enterradas entre terra soprada e folhas caídas, traiçoeiro por conta das grossas raízes que saíam do solo. Ele levou a noiva por ali. Jeyne, seu nome é Jeyne, que rima com reine. Não deveria pensar isso.

—— A Dança dos Dragões; O Príncipe de Winterfell

 

O bordel de Chataya

 

A casa tinha dois andares, o de baixo em pedra e o de cima em madeira. Um torreão redondo erguia-se de um canto da estrutura. Muitas das janelas tinham vitrais. Por cima da porta balançava uma lâmpada ornamentada, um globo de metal dourado e vidro escarlate. (…) Por detrás de um ornamentado biombo de Myr, esculpido com flores, fantasias e donzelas sonhadoras, espreitaram, sem ser vistos, uma sala comum, onde um velho tocava uma melodia alegre numa flauta.

—— A Fúria dos Reis; Tyrion III

Maggy, a Rã

Maggy e Cersei

Sob seus cachos dourados, o rosto da menina enrugo-se de perplexidade. Durante anos depois daquilo, pensou que aquelas palavras queriam dizer que não se casaria com Rhaegar até depois de o pai, Aerys, ter morrido.

— Mas vou ser rainha? — perguntou seu eu mais novo.

— Sim. — a malícia cintilou nos olhos amarelos de Maggy. — Rainha será… até chegar outra, mais nova e mais bela, para derrubar você e roubar tudo aquilo que lhe for querido.

A ira relampejou no rosto da criança. — Se ela tentar, terei meu irmão para matá-la. — Nem mesmo então parou, sendo a criança obstinada era. Ainda lhe era devida mais uma pergunta, mais um vislumbre da vida que a esperava.

— O rei e eu teremos filhos? — perguntou.

— Oh, sim. Ele dezesseis, e você três.

Aquilo não fazia sentido para Cersei. O polegar latejava onde o cortara, e seu sangue pingava no tapete. Como é possível?, quis perguntar, mas já não tinha mais perguntas.

—— O Festim dos Corvos; Cersei VIII

 

Tyrion encontra Oberyn

Calendário Crônicas 2021

O líder dornês vinha montado num garanhão negro como o pecado, com crina e cauda da cor do fogo. Sentava-se na sela como se ali tivesse nascido, alto, esguio, gracioso. Um manto de seda vermelho-clara flutuava preso aos seus ombros, e sua camisa era couraçada com fileiras sobrepostas de discos de cobre, que cintilavam como um milhar de moedas recém-cunhadas quando ele se movia. Seu grande elmo dourado exibia um sol de cobre na testa, e o escudo redondo pendurado atrás dele trazia o sol e a lança da Casa Martell em sua superfície de metal polido. Um sol Martell, mas dez anos novo demais, pensou Tyrion ao puxar as rédeas do cavalo, e também em muito boa forma, e muito mais feroz do que deveria. A essa altura, já sabia com o que tinha de lidar. Quantos dorneses são necessários para começar uma guerra?, perguntou a si mesmo. Só um. E, no entanto, não tinha outra alternativa.

— Prazer, senhores. Recebemos notícias de sua chegada, e Sua Graça, o Rei Joffrey, pediu-me para vir ao seu encontro, a fim de lhes dar as boas-vindas em seu nome. O senhor meu pai, a Mão do Rei, manda igualmente as suas saudações. – Fingiu uma confusão amigável. — Qual dos senhores é o Príncipe Doran?

— A saúde de meu irmão exige que permaneça em Lançassolar. — O príncipe infante tirou o elmo. Por baixo, seu rosto era marcado e sombrio, com finas sobrancelhas arqueadas sobre olhos grandes, tão negros e brilhantes como lagoas de betume. Só alguns fios de prata manchavam o lustroso cabelo negro que se afastava de sua testa, formando, ao centro, um bico tão marcado quanto seu nariz. Um dornês salgado, com toda a certeza. – O Príncipe Doran enviou-me para ocupar o lugar dele no conselho do Rei Joffrey, se Sua Graça desejar.

—— A Tormenta de Espadas; Tyrion V

O sonho febril de Jaime

Calendário Crônicas 2021

— Ele ia queimar a cidade — disse Jaime. — Para não deixar a Robert nada além de cinzas.
— Ele era o seu rei – disse Darry.
— Jurou mantê-lo a salvo – falou Whent.
— E às crianças, a elas também – disse o Príncipe Lewyn.
O Príncipe Rhaegar ardia com uma luz fria, ora branca, ora vermelha, ora escura.
— Eu deixei minha esposa e meus filhos em suas mãos.
— Nunca pensei que ele lhes faria mal. — A espada de Jaime agora emitia menos luz. — Eu estava com o rei…
— Matando o rei — disse Sor Arthur.
— Cortando a garganta dele — falou o Príncipe Lewyn.
— O rei por quem tinha jurado morrer — disse Touro Branco.

—— A Tormenta de Espadas; Jaime VI

 

Aemond Targaryen e Vhagar submersos

A carcaça de Vhagar afundou até o leito do lago, e o sangue quente que saía do talho em seu pescoço fez a água ferver em sua sepultura. Quando ela foi encontrada alguns anos mais tarde, após o fim da Dança dos Dragões, os ossos do príncipe Aemond, ainda de armadura, continuavam acorrentados à sela, com Irmã Sombria enfiada até o punho dentro da órbita ocular.

—— Fogo & Sangue; A Morte dos Dragões: Rhaenyra Triunfante

 

O confronto pelo resgate de Myrcella

Calendário Crônicas 2021

Sor Arys Oakheart lançou-lhe um último olhar cheio de desejo, depois espetou as esporas no cavalo e avançou.

Investiu impetuosamente contra o barco de varejo, com o manto branco esvoaçando atrás de si. Arianne Martell nunca tinha visto nada com metade da galanteria, ou da estupidez, daquele ataque.

— Nãããããão! — guinchou, mas encontrara a voz tarde demais. Numa besta soou um trum e, em seguida, noutra. Hotah berrou uma ordem. A tão curta distância, a armadura do cavaleiro branco bem podia ter sido feita de pergaminho. O primeiro dardo penetrou através do pesado escudo de carvalho, perfurando-lhe o ombro. O segundo raspou-lhe a têmpora. Uma lança de arremesso atingiu a montaria de Sor Arys no flanco, mas mesmo assim o cavalo continuou a avançar, vacilando ao atingir a prancha de embarque. — Não — gritava uma garota qualquer, uma garotinha tola qualquer —, não, por favor, não era para isto acontecer — também conseguia ouvir Myrcella guinchando, com a voz estridente de medo.

(…) De algum modo, Arys Oakheart saltou, livre. Até conseguiu continuar com a espada na mão. Pôs-se de joelhos com dificuldade, ao lado do seu cavalo moribundo…

… e deu com Areo Hotah em pé em cima de si.

O cavaleiro branco ergueu a lâmina, lento demais. O machado de Hotah cortou-lhe o braço direito no ombro, afastou-se, girando, jorrando sangue, e voltou a desferir, num relâmpago, um terrível golpe a duas mãos que cortou a cabeça de Arys Oakheart e a atirou pelo ar, rodopiando. A cabeça caiu entre os juncos, e o Sangueverde engoliu o vermelho com um suave chapinhar.

—— O Festim dos Corvos; A Fazedora de Rainhas

 

A Queda de Astapor

Calendário Crônicas 2021

— Imaculados! – Dany galopou à frente deles, com a trança de um louro prateado esvoaçando atrás, e a sineta tilintando a cada passo. — Matem os Bons Mestres, matem os soldados, matem todos os homens que usem um tokar ou tenham um chicote nas mãos, mas não façam mal a nenhuma criança com menos de doze anos, e arranquem as correntes de todos os escravos que virem. — Ergueu os dedos da harpia… e então atirou o açoite para longe. — Liberdade! — entoou. — Dracarys! Dracarys!

—— A Tormenta de Espadas; Daenerys III

Quentyn, Rhaegal, Viserion

Quentyn Martell

Quentyn deixou o chicote desenrolado.

Viserion – chamou, mais alto, agora. Podia fazer isso, faria isso, seu pai o enviara aos confins da terra para isso, ele não falharia. – VISERION! – Agitou o chicote no ar com um estalido que ecoou pelas paredes enegrecidas.

A cabeça clara se ergueu. Os grandes olhos dourados se estreitaram. Tufos espiralados de fumaça subiam das narinas do dragão.

– Para baixo – o príncipe ordenou. Não deve deixá-lo sentir seu medo. – Para baixo, para baixo, para baixo. – Trouxe o chicote rodando e estalou um golpe na cara do dragão. Viserion assobiou.

E então um vento quente o acertou e ele ouviu o som de asas de couro, e o ar estava cheio de cinzas e um monstruoso rugido veio ecoando pelos tijolos queimados e enegrecidos, e pôde escutar seus amigos gritando freneticamente. Gerris chamava seu nome, uma vez e outra, e o grandão berrava:

Atrás de você, atrás de você, atrás de você!

Quenty n virou-se e jogou o braço esquerdo no rosto para proteger os olhos do vento da fornalha. Rhaegal, ele se lembrou, o verde é Rhaegal.

Quando ergueu seu chicote, viu que o açoite estava queimando. Sua mão também. Todo ele, todo ele estava queimando.

Oh, pensou. Então começou a gritar.

——  A Dança dos Dragões; O Domador de Dragões.

 

Arya sussurra o nome de Weese

Arya e Jaqen H'ghar

Arya virou-se e correu, ligeira como uma corça, com os pés voando sobre as pedras arredondadas até o balneário. Encontrou Jaqen de molho numa banheira, com vapor erguendo-se à sua volta enquanto uma criada despejava água quente na sua cabeça. Seus longos cabelos, vermelhos de um lado e brancos do outro, caíam sobre seus ombros, molhados e pesados. Arya aproximou-se, silenciosa como uma sombra, mas ele abriu os olhos mesmo assim.

— Ela vem furtiva em pequenos pés de rato, mas um homem ouve – ele disse.

Como pode ter me ouvido, Arya se perguntou, e foi como se ele também tivesse ouvido aquilo.

— O raspar de couro em pedra canta tão alto como trombetas de guerra para um homem com os ouvidos abertos, Meninas espertas andam descalças.

— Trago uma mensagem — Arya olhou a criada com incerteza. Quando lhe pareceu que não era provável que fosse embora, inclinou-se para a frente até quase encostar sua boca na orelha dele, – Weese – ela murmurou.

Jaqen Hghar voltou a fechar os olhos, flutuando, lânguido, meio adormecido.

— Diga a sua senhoria que um homem irá servi-la a seu tempo — ele moveu subitamente a mão, salpicando-a de água quente, e Arya teve de saltar para trás para evitar ficar ensopada.

—— A Fúria dos Reis; Arya VIII

 

O Funeral de Tywin

Funeral Tywin Lannister

Por cima, todas as janelas tinham se tornado negras, e ele conseguiu ver a tênue luz de estrelas distantes. O sol se pusera de vez. O fedor da morte estava ficando mais forte, apesar das velas aromáticas. O cheiro recordou Jaime Lannister o passo sob o Dente Dourado, onde conquistara uma gloriosa vitória nos primeiros dias da guerra. Na manhã após batalha, os corvos tinham se banqueteado tanto com os vencedores, quanto os derrotados, tal como se banquetearam com Rhaegar Targaryen após o Tridente. Quanto pode valer uma coroa, se um corvo pode jantar um rei?

 

—— O Festim dos Corvos; Jaime I

Catelyn e Ned no bosque sagrado

Catelyn e Ned

Os deuses de Winterfell mantinham um tipo diferente de bosque. Era um lugar escuro e primordial, três acres de floresta antiga, intocada ao longo de dez mil anos, enquanto o castelo se levantava a toda sua volta. Cheirava a terra úmida e a decomposição. Ali não crescia o pau-brasil. Aquele era um bosque de obstinadas árvores sentinelas, revestidas de agulhas cinza-esverdeadas, de poderosos carvalhos, de árvores de pau-ferro tão velhas como o próprio reino. Ali, espessos troncos negros enroscavam-se uns aos outros, enquanto ramos retorcidos teciam um denso dossel elevado e raízes deformadas batalhavam sob o solo. Aquele era um lugar de profundo silêncio e sombras meditativas, e os deuses que ali viviam não tinham nomes. Mas ela sabia que naquela noite encontraria ali seu marido. Sempre que ele tirava a vida de um homem, procurava depois o sossego do bosque sagrado. (…)

Catelyn encontrou o marido sob o represeiro, sentado numa pedra coberta de musgo. Tinha Gelo, a espada, pousada sobre as coxas, e limpava-lhe a lâmina naquelas águas, negras como a noite.

—— A Guerra dos Tronos; Catelyn I

 

 

Vhagar e Aemond, Arrax e Luke Velaryon

Dragões luta Westeros

Lá fora, a tempestade caía. Trovões ribombavam em volta do castelo, a chuva caía em volume pesado, e de tempos em tempos grandes explosões de relâmpagos branco-azulados iluminavam o mundo como se fosse dia. O tempo estava péssimo para voar, mesmo para um dragão, e Arrax estava com dificuldade de pairar no ar quando o príncipe Aemond montou em Vhagar e foi atrás dele. Se o céu estivesse calmo, o príncipe Lucerys talvez conseguisse escapar de seu perseguidor, pois Arrax era mais novo e mais veloz… mas o dia estava “tão escuro quanto o coração do príncipe Aemond”, diz Cogumelo, e assim os dragões se encontraram acima da Baía dos Naufrágios. Observadores nas muralhas do castelo viram explosões distantes de chamas e ouviram um berro cortar os trovões. Em seguida, os dois animais estavam atracados, relâmpagos caindo em volta. Vhagar tinha cinco vezes o tamanho do inimigo, sobrevivente experiente de cem batalhas. Se houve luta, não pode ter durado muito.

—— Fogo & Sangue; A Morte dos Dragões: Um filho por Um Filho

 

 

As imagens deste post foram garimpadas pelo A Song of Ice and Fire Source.
A imagem de capa que também ilustra o mês de setembro, com Quentyn e os dragões, você já conhece.


O produto já está disponível no Brasil.

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Podcasteros #73: Discutindo o Festim e a Dança (parte XIV) https://www.geloefogo.com/2020/07/podcasteros-73-discutindo-o-festim-e-a-danca-parte-xiv.html?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=podcasteros-73-discutindo-o-festim-e-a-danca-parte-xiv https://www.geloefogo.com/2020/07/podcasteros-73-discutindo-o-festim-e-a-danca-parte-xiv.html#comments Thu, 30 Jul 2020 21:40:28 +0000 https://www.geloefogo.com/?p=107780 Nesta semana, Ana Carol Alves, Felipe Bini, Rafa Bacellar e Brunno Squiter comentam a ‘A Dança dos Dragões’. Falamos de […]

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Nesta semana, Ana Carol Alves, Felipe Bini, Rafa Bacellar e Brunno Squiter comentam a ‘A Dança dos Dragões’. Falamos de muitas coisas! Entre elas, analisamos Tyrion e seu olhar sobre a escravidão, Barristan em seu momento mais despudorado, e o triste capítulo derradeiro de Quentyn Martell.

 

Tyrion XII: ADDD 67 pág 729
O Derrubador de Reis (Barristan III): ADDD 68 pág 739
O Domador de Dragões (Quentyn IV): 69 ADDD pág 752

 

 

Links úteis:
Como ler O Festim e A Dança paralelamente;
Tatuagens ilustradas por Douglas Weathley;
Kem é gay?;
Os nomes das horas;
Ashara Dayne e Elizabeth Taylor;
Texto sobre a Penny/Merreca.

 

 

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? || CRÉDITOS
Capa: Rafa Bacellar
Ilustração: Sam Hogg

 

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Conforme anunciado pelo time de assistentes de George no Not a Blog, a artista escolhida para a edição do calendário de As Crônicas de Gelo e Fogo 2021 será Sam Hogg. Juntamente com essa informação, foi divulgada a arte selecionada para capa do calendário. Trata-se de Quentyn Martell tentando domar um dragão:

Calendário As Crônicas de Gelo e Fogo 2021
Capa do calendário oficial de As Crônicas de Gelo e Fogo para 2021
Clique aqui para ampliar.

Como curiosidade, podemos destacar que Sam Hogg optou por não ilustrar cores na chama dos dragões, característica presente nos textos de George, e que até hoje não foi incorporada em ilustrações oficiais da saga. Além disso, a artista retratou Quentyn usando a máscara de leão das Bestas de Bronze, exatamente como acontece na cena do livro.

O lançamento do novo calendário está previsto para meados deste ano.

A cena que ocorre no livro A Dança dos Dragões havia sido retratada anteriormente por Eric Velhagen, e apareceu internamente no calendário de 2018.

Desde 2009 (com exceção do ano de 2010), são lançados os calendários ilustrados de As Crônicas de Gelo e Fogo, sempre com um artista diferente assinando doze ilustrações. Já passaram por esse projeto, John Howe, Magali Villeneuve, John Piccacio, Marc Simonnetti, entre outros nomes já conhecidos dos fãs de literatura fantástica, e em especial, da obra de Martin.


Adquira edições anteriores dos calendários de As Crônicas de Gelo e Fogo aqui.

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Arte original: Donato Giancola.

“Livro é livro e série é série” foi uma máxima repetida à exaustão em discussões sobre As Crônicas de Gelo e Fogo e Game of Thrones ao longo dos últimos anos. Embora eu nem sempre gostasse do contexto em que ela era usada por muitos dos que a repetiam, em princípio sempre fiz questão de realmente separar as duas obras e seus cânones — principalmente diante da evidente confusão que alguns leitores tinham (e têm) sobre o que aconteceu em cada história.

Com o fim da série de TV, porém, é inevitável especular o que e quanto daquele final estarão também nos livros de George R. R. Martin. O próprio autor reiterou, inúmeras vezes, que os finais serão ao mesmo tempo iguais e diferentes. Essa questão foi objeto de outro artigo, que pode ser lido aqui.

Observando as reações um tanto extremas dos fãs torcedores de Daenerys Targaryen, que ficaram frustrados com o final da personagem em Game of Thrones e passaram a (previamente) criticar também GRRM por imaginarem que ela terá esse mesmo fim indesejado em As Crônicas de Gelo e Fogo, vieram a minha mente algumas ideias, talvez meras divagações, sobre o destino dela nos livros.

De saída, deixo claro que acredito, sim, que Daenerys morrerá no final dos livros, depois de alguns atos, digamos, extremos. O trajeto até chegar neles, porém, é o cerne da questão. Um dos pontos centrais dessas reflexões é que a série de David Benioff e D. B. Weiss realmente abordou vários dos eventos que ocorrerão com Daenerys na história de Martin, mas a abordagem deve ser fundamentalmente diferente.

O exercício aqui não será fazer uma análise extensa e completa, mas basicamente pegar o que aconteceu em Game of Thrones e tentar imaginar como aquilo pode ser melhor adequado ao estilo narrativo e às intenções temáticas de George R. R. Martin para a personagem que já pudemos observar em As Crônicas de Gelo e Fogo.

A situação atual

É bom, para que leitor e leitora compreendam essas minhas divagações, que recapitulemos os últimos eventos envolvendo Daenerys, além de alguns do que estou convicto de que ocorrerão em As Crônicas de Gelo e Fogo (ainda que não tenham acontecido em Game of Thrones).

No fim de A Dança dos Dragões, Daenerys finalmente abraçou o lema de sua casa, fogo e sangue, depois de conseguir a paz em Meereen sacrificando sua própria natureza e fazendo inúmeras concessões que a deixaram extremamente desconfortável. Adam Feldman tratou sobre essa questão e o arco meereenês como um todo em sua série de ensaios (que não me canso de recomendar, até porque foi de certa forma “aprovada” pelo próprio Martin) Untangling the Meereenese Knot (“Desatando o Nó Meereenês”).

“A Rendição de Meereen”, por Stephen Najarian.

No último capítulo do quinto livro, enquanto alucina no Mar Dothraki, Daenerys passa por uma experiência catártica de descoberta da própria identidade, e chega à conclusão de que “dragões não plantam árvores”.

Agora, isso quer dizer que Daenerys vai sair dali imediatamente como uma destruidora desgovernada? Muito provavelmente não, mas significa que ela realmente e finalmente se identificou com e se encontrou no perfil de conquistadora de sua Casa ancestral, e não vai mais tentar se adequar a uma natureza pacífica e de concessões que não é a sua.

Aqui, uma ressalva importante: embora muitos leitores tivessem (e ainda têm) a visão de que Daenerys é uma espécie santa salvadora em busca do bem maior, essa nunca foi sua verdadeira identidade em As Crônicas de Gelo e Fogo – apesar de também ser vista assim por diversos personagens (e totalmente ao contrário por outros, uma questão de perspectiva que abordaremos mais adiante).

A jornada da personagem não começa e nem segue como a de uma idealista, com objetivos ideológicos de reforma como motivação das ações. Embora ela de fato tenha empreendido atos benéficos para o “bem maior” em Essos (o ataque ao multimilenar sistema escravocrata vigente no continente), eles foram circunstanciais, não o ponto central de sua jornada.

Cenas dos próximos capítulos

Embora eu não acredite que Daenerys sairá do Mar Dothraki como uma assassina em massa sanguinária e cruel, acho que ela já empreenderá um ato bastante violento em seus primeiros capítulos de The Winds of Winter (“Os Ventos de Inverno”).

Daenerys deixa a tenda dos khals em Vaes Dothrak. Arte: Benjamin Cehelsky (ryky).

Em Game of Thrones a personagem foi capturada e mantida cativa pelos khals em Vaes Dothrak, e acabou por se livrar deles — e assumir o controle de todo o povo — ao realizar um massacre com fogo. Sou da opinião de que algo similar acontecerá em As Crônicas de Gelo e Fogo, e que o incêndio resultante será a segunda fogueira mencionada pelos Imortais em Qarth.

O fato de não ser uma idealista por excelência não significa, no entanto, que Daenerys não possa também eventualmente contribuir para o dito bem maior: é bastante provável que ela tenha um papel importante na guerra contra os Outros (e há alguns anos expliquei por que acreditava que ela seria Azor Ahai renascido).

É bom que lembremos que ela atualmente não tem qualquer consciência sobre a ameaça que reside para-lá-da-Muralha, mas isso também pode mudar a depender de suas novas relações em Westeros. Acredito que o infame par “Jonerys” será canônico também, já que parece ser algo grande demais para ser simplesmente uma invenção dramática de Weiss e Benioff.

O contato com Jon Snow pode também ser o elemento motivador da personagem para participar da nova Guerra pela Alvorada, mas tenho a impressão de que os sacrifícios que terá feito nesse conflito é que serão definidores de seus atos futuros.

Game of Thrones não estabeleceu muito bem uma importância crucial para Daenerys no confronto contra os Outros (a despeito de todo o alarde prévio quanto a “dragões versus seres de gelo”), e nem acho que tenha ficado claro o peso de suas perdas ali, mas penso que a significância dessas duas coisas ficará bem definida nos livros de Martin.

Outro ponto importante que esteve ausente da série de TV é o provável conflito de Dorne com Daenerys e o apoio da região a Aegon, resultante tanto da morte de Quentyn por um dos dragões quanto pela chegada do suposto filho de Rhaegar e Elia — o que abordarei mais adiante neste texto.

Daenerys quer ser amada

Parece a mim algo claro que o arco global de Daenerys, em todas As Crônicas de Gelo e Fogo, é idealizado por Martin para ser uma tragédia. Eliana Deli Llama tratou magistralmente sobre o assunto no ensaio Daughter of Death: A Song of Ice and Fire’s Shakespearean Tragic Hero (“Filha da Morte, o Herói Trágico Shakespeariano de As Crônicas de Gelo e Fogo“), publicado antes da exibição da última temporada de Game of Thrones.

Classicamente, o destino final de um personagem trágico (em Shakespeare, principalmente) é a morte. Antes disso, porém, entende-se que deve haver conflito de forças na alma desse herói, e ações humanas que resultem em uma calamidade. Tudo isso pode ser encontrado na jornada de Daenerys em As Crônicas de Gelo e Fogo (incluindo os pontos gerais de seu final na série de TV).

A compreensão das forças motivadoras de Daenerys ao longo da história são importantes para entendermos uma possível derrocada e “virada” dela contra certos grupos no final da história. Daenerys não quer apenas o Trono de Ferro, mas ser amada por aqueles que considera seus súditos, e anseia por ser valorizada como líder e figura de poder dessas populações.

Em Essos ela experimentou ser vista como uma líder admirada: embora rejeitada pelos representantes do status quo escravagista do continente, entre os comuns ficou conhecida como mhysa, a mãe, e sua fama de salvadora se estendeu até a regiões por onde ainda não passou — lembremo-nos das palavras da Viúva do Cais, em Volantis: “Diga que estamos esperando. Diga para ela vir logo”.

Daenerys Targaryen. Arte: Donato Giancola, para o calendário oficial de A Song of Ice and Fire 2015.

Outro ponto relevante é que a personagem também sempre anseia pelo retorno a um lugar onde poderia chamar de casa, uma volta ao lar. A Casa da Porta Vermelha, em Braavos, se torna simbólica nesse sentido – e George R. R. Martin já declarou que haverá mais revelações sobre isso em livros futuros.

A frustração por não conseguir nem uma coisa e nem outra em Westeros, não tendo sua atuação na luta contra os Outros valorizada pelos westerosi e sendo ativamente rejeitada por eles (em detrimento de outros, seus adversários em maior ou menor medida, sejam Cersei, Aegon ou Jon Snow) pode levá-la à conclusão de que aquelas pessoas, por quem ela sacrificou tanto, não “merecem” a salvação que ela quer lhes dar, e por isso, que merecem ser queimadas.

Acredito que o sentimento de Daenerys, no fim da história, seja o de alguém que terá sacrificado muito por um povo e um continente, e não percebe gratidão ou reconhecimento de seus esforços nesses seus (pretensos) súditos. Pelo contrário: ela só veria ingratidão e rejeição à sua pessoa, o que a levaria a concluir que eles não merecem mesmo a salvação que ela tenta trazer.

Uma questão de perspectiva

Outro ponto que acho que GRRM pode querer abordar com a história de Daenerys é o conceito de que, em muitos casos, lados certos não existem de verdade. Um eventual destino trágico de Daenerys pode ser a culminação de um conflito que decorre não de um lado mau e outro bom, mas simplesmente de várias partes com opiniões e interesses conflitantes: ela e os outros.

Um exemplo palpável disso pode ser a relação de Daenerys com os Martell (e Dorne como um todo). Presumivelmente eles seriam seus mais naturais aliados em Westeros, mesmo na ausência do pacto nupcial, pela relação de proximidade entre as Casas e pelas perdas dos dorneses na Rebelião de Robert. A jornada de Quentyn e seu malfadado resultado, porém, quase com certeza resultarão na rejeição de Daenerys por Dorne.

Não é que Daenerys seja estritamente culpada por não ter aceitado a proposta de Quentyn e nem por ele ter tomado a atitude temerária (e corajosa, como apontou Arthur Maia) de tentar domar um dragão, ansioso por se provar digno da missão que recebeu do pai, o que resultou em sua morte. O timing e fatores externos a essa relação entre ela e Dorne impediram que a situação tivesse uma resolução satisfatória.

Os dorneses, entretanto, provavelmente não vão querer saber das justificativas e motivos dela – e nem deveriam, porque para eles o destino e a política de Meereen realmente pouco importam. O que vai importar é que ela recusou a oferta de Dorne, de casamento e de apoio político e militar, e que o Príncipe Quentyn morreu por um dos dragões dela. Há alguém categoricamente errado aí? Eu diria que não. Mas tampouco há conciliação possível nessa situação.

O mesmo pode acontecer numa eventual tentativa de conquista dos Sete Reinos por parte de Daenerys. Do ponto de vista dela, seria uma “libertação” do continente de forças traidoras, representadas quer pelos Lannister ou pelo falso Aegon.

Nesse caso, não seria difícil para o leitor entender e simpatizar com essa racionalização: os Lannister, principalmente em Tywin e Cersei, são estabelecidos desde o primeiro livro como figuras eminentemente negativas a nível pessoal. A conspiração para promover o Jovem Griff como alguém que ele realmente não é também não seria vista com bons olhos por alguém que sabe a verdade: ela equivaleria a usurpação através da mentira e do ardil. É difícil ver isso como algo positivo, principalmente quando se acompanha as tribulações de outra personagem com o mesmo intento desde o começo.

“Ameaça do Leste”, por Tomasz Jedruszek. © Fantasy Flight Games.

No entanto, do ponto de vista da população westerosi, tampouco seria surpresa se eles estivessem satisfeitos em ser governados por essas pessoas, ou, no mínimo, mais satisfeitos do que estariam diante da filha de Aerys II Targaryen, o Rei Louco, que comanda três dragões, exércitos de bárbaros dothraki e eunucos essosi, cuja fama ao redor do mundo não é das melhores e que vem trazer guerra quando eles finalmente acreditam que atingiram a paz.

Pensando pragmaticamente, para o “bem do reino”, o fato de Aegon ser falso realmente importaria? Esse bem-estar geral não poderia de fato ser alcançado com um monarca cuja identidade não é verdadeiramente a que diz ser, da mesma forma que seria possível com um rei legítimo? Qual é realmente a diferença, principalmente se ele acredita ser quem é, e provavelmente ostentará vários símbolos do poder Targaryen (como Jeff “BryndenBFish” Hartline aponta neste texto)? Esse é outro questionamento que acredito que Martin pode colocar para o leitor.

Para uma pessoa que está tentando conquistar o reino, ver um impostor tomar seu lugar e receber os créditos, os louros, a glória e o amor do povo (sem ter se esforçado e sacrificado tanto para tal quanto ela mesma), no entanto, é visto algo completamente absurdo – e esse ponto de vista é totalmente compreensível, também.

A questão de perspectiva resume bem a máxima sobre os membros da Casa Targaryen, dita por Jaehaerys II a Barristan Selmy (que, por sinal, se parece muito com uma citação em uma série de que Martin é fã):

— Não sou um meistre para lhe citar história, Vossa Graça. Minha vida foram as espadas, não os livros. Mas qualquer criança sabe que os Targaryen sempre dançaram demasiado perto da loucura. Seu pai não foi o primeiro. O Rei Jaehaerys disse-me um dia que a loucura e a grandeza eram dois lados da mesma moeda. “Sempre que um novo Targaryen nasce”, disse ele, “os deuses atiram uma moeda ao ar e o mundo segura a respiração para ver de que lado cairá”.
(MARTIN, George R. R. A Tormenta de Espadas. São Paulo: Leya, 2011. Tradução de Jorge Candeias.)

“Nascida da Tormenta”, por Tomasz Jedruszek.

Para muitos personagens, dentro dos próprios livros, Daenerys Targaryen já é considerada louca por tudo o que empreendeu em Essos. Para outros, seus súditos, é uma grande líder que inspira afeição e devoção. Acredito que essa distinção só vá se acentuar conforme ela progrida rumo a Westeros e chegue no continente.

Eventuais atos brutais de um personagem podem ser interpretados como tendo explicação e sendo justificados ou não, a depender do observador (e isso no mundo real também). O que especulo é que uma das intenções de GRRM seja explorar essa dualidade usando o fato de sua personagem grande (para o bem ou para o mal) ter um ponto de vista.

O fator surpresa

Na série de TV, embora alguns dos atos cruéis de Daenerys tenham sido apresentados ao longo das temporadas, a “virada” em direção à crueldade máxima foi guardada para o final como uma grande reviravolta que realmente chocou os espectadores. Não acredito, no entanto, que o intuito de George R. R. Martin seja o mesmo nos livros.

Embora muito se diga que “as pistas estavam ali o tempo todo, e se você não gostou de como aconteceu a culpa é sua por não prestar atenção”, não é bem assim que as coisas funcionam (ou deveriam funcionar).

Um giro de 180° na personalidade de um personagem, ainda que algumas dicas já tivessem sido plantadas, pode ser efetivo em termos de twist, mas deixa um sabor amargo de história mal contada e de mau desenvolvimento. Como o canal Trope Anatomy bem explicou, foreshadowing não é desenvolvimento de personagem.

Quando digo que não acredito que Martin tenha o mesmo intuito nos livros, não estou me referindo à ideia de Daenerys realizar atos cruéis, mas a como isso ocorrerá. Não me parece razoável que o autor trate algo desse calibre como uma simples reviravolta para chocar e deixar os leitores boquiabertos de surpresa.

Nesse caso, o investimento do leitor na personalidade da personagem é estimulado por dezenas de capítulos com ponto de vista ao longo de diversos livros. Isso acaba por quase exigir que um ato que ela provavelmente não praticaria no passado, mas que realizará em dado momento futuro, tenha fundamento não só em indícios prévios, mas em experiências, interpretações e interações significativas (ainda que pouco tempo passe). Não deixa de ser uma reviravolta, mas ela não é instantânea.

Para que um arco trágico de Daenerys ou de qualquer outro personagem funcione de fato e com sucesso, todo o desenvolvimento até o final deve ser natural e orgânico, de forma que o leitor (ou espectador) percebam aquele fim como inevitável.

E então?

Daenerys, por Tomasz Jedruszek.

Como leitoras e leitores a essa altura devem ter percebido, este texto foi menos um ensaio bem estruturado e mais uma coleção de várias divagações e reflexões sobre a personagem e seu futuro, mas isso não quer dizer que os pontos apresentados não se interligam.

O ponto central das ideias apresentadas aqui é aquele que se aplica a várias linhas narrativas de Game of Thrones que estarão presentes também em As Crônicas de Gelo e Fogo: o desenvolvimento importa, e muito.

Assim, acredito que a Daenerys que Martin originalmente idealizou vai também realizar nos livros várias das ações de sua correspondente televisiva, mas as motivações e o trajeto para chegar a certos eventos e reviravoltas terão uma exploração mais profunda e que parecerá mais natural. As relações e interações da rainha Targaryen com os Outros e com os outros serão fundamentais para seu destino último, e não serão apenas abordadas de passagem.

Tenho plena consciência de que se o destino da Daenerys for mesmo esse, ele desagradará sua base de fãs mais fanáticos. Por mais pleonástico que isso possa parecer, me refiro aqui ao comportamento dos que consomem a obra como torcedores, de forma parcial para seus favoritos, de maneira que qualquer destino que não seja a “vitória” deles (como se se tratasse realmente de uma competição com vencedores e perdedores) é considerada uma má história.

Qualquer um que acompanha as declarações de Martin e sua escrita, por outro lado, pode chegar à conclusão de que ele não se importa e não se importará com isso ao escrever sua história. O autor não está (e não deveria estar) preocupado em atender a segmentos específicos da base de fãs com seus personagens e seus destinos: ele se propôs a escrever um épico de guerra com um pano de fundo fantástico e é o que está fazendo. Como ele mesmo já disse, “tentar agradar a todos é um erro terrível“.

Daenerys Targaryen será sem dúvida lembrada como uma das personagens que mais impacto causou no universo desse épico, tanto dentro dele (para os personagens) quanto fora (para os leitores). Seja qual for seu destino, ela será uma personificação do “coração humano em conflito consigo mesmo”, um dos motes de escrita de GRRM, e seu apelo enquanto personagem, para mim, reside justamente aí.

 

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— Pode um homem continuar a ser valente se tiver medo?

— Esta é a única maneira de ser valente.
(A Guerra dos Tronos, capítulo 1, Bran.)

A conversa entre Bran e seu pai, Eddard Stark, logo quando somos apresentados aos dois personagens no início de A Guerra dos Tronosé uma das mais marcantes de As Crônicas de Gelo e Fogo, e frequentemente é lembrada como uma das mais bonitas já escritas por Martin. E como vou defender neste texto, ela encontra ressonância durante toda a sua obra, e ler as Crônicas com ela em mente é fundamental para moldar nossa interpretação de uma série de personagens, entre eles o bastante ignorado e muitas vezes considerado burro, covarde ou despropositado, Quentyn Martell.

Quentyn Martell, por Kirkpatrick.

Mas para que possamos avançar para discutir o caso de Quentyn, gostaria primeiro de apontar algumas coisas sobre como a bravura aparece em Martin. Em primeiro lugar, esse parece ser um tema tão caro para o autor, especialmente porque assume tons autobiográficos. Quando perguntando sobre personagens que tenham mais a ver consigo, George já mencionou um personagem das Crônicas, Samwell Tarly, e também seu primeiro herói de Wild Cards, O Grande e Poderoso Tartaruga (em Rretrospectiva da Obra).

Para quem conhece tanto Sam quanto Thomas, é gritante o quanto os dois se parecem. Ambos são ridicularizados pela sua estética, são vítimas de bullying, contam com apoio de amigos e são tidos como covardes. Sam é muito resistente a quaisquer experiências novas porque tem medo de tentar, após uma vida de abusos sofridos pelo pai. Thomas, quando ganha seus superpoderes de telecinese, se esconde dentro de um fusca quando vai atuar como super herói. Mas ambos, apesar do pavor que sentem, enfrentam os desafios. E segundo Martin, é apenas assim que podem ser verdadeiramente valentes.

Para Sam e Thomas, a evolução em direção a uma postura mais corajosa pode ser vista como uma conquista, afinal eles superaram seus limites e podem ajudar os outros, são heróis. Sam é capaz de cuidar de Gilly e de seu filho porque não desiste face às adversidades. Thomas se torna um ás de prestígio no universo de Wild Cards, um herói misterioso e reconhecido pela população. Eles venceram o medo, algo que, como Syrio Forel nos ensinou, “corta mais profundamente que espadas”. Mas esse não é o caso de todos os personagens de Martin, e para entendermos como alguns atos de coragem, como o de Quentyn, podem estar também relacionados com trauma e fracasso, precisamos voltar para algumas histórias mais sombrias.

No início dos anos 70, George havia passado por sérios problemas emocionais por conta do término do seu primeiro relacionamento amoroso mais intenso. Nessa época, muitos de seus personagens mais marcantes, como Johnny em Esta Torre de CinzasRobb em Uma Canção para Lya, Dirk em A Morte da Luz e o protagonista sem nome de O Segundo Tipo de Solidão sofreram do mesmo problema, e o enredo de todas essas histórias é pautado pela frustração de um amor perdido. Conforme o autor já admitiu diversas vezes, essas histórias são fruto de sua própria desilusão. E em alguns desses casos, o desajuste social é uma marca desses personagens, que idealizam o amor perfeito, e, sem ele, não conseguem se ver como parte da sociedade. É por isso que Johnny e o protagonista sem nome de O Segundo Tipo de Solidão optaram pelo isolamento. O primeiro se isola em uma floresta longe da colônia humana no seu planeta, e o outro aceita um emprego para trabalhar no espaço, longe de qualquer forma de vida por quatro anos.

Nesses dois casos, esses atos impulsivos não têm resultados tão otimistas quanto os de Samwell ou Thomas, mas acabam aprofundando o trauma vivido pelos personagens. É verdade que os dois atos derivam do medo, e portanto, podem, à primeira vista, ser entendidos como valentia. Mas nenhum dos dois enfrentou de fato o seu medo, o pavor de viver em uma sociedade sem o suporte de suas ex-companheiras, Crystal e Karen. Foram atos irresponsáveis e impensados, frutos da pressão colocada sobre ambos, muito parecido com o que acontece com Quentyn no final de A Dança dos Dragões.

Em um de meus textos favoritos, Quentyn’s Duty and Destiny (“O Dever e o Destino de Quentyn”), Adam Feldman argumenta que Quentyn é mais um dos inocentes que vira uma vítima colateral das ambições de vingança de Doran Martell. É exatamente esse o Quentyn que conhecemos: alguém preso em sua responsabilidade, no seu medo de decepcionar a família, mas não alguém que anseia pelo heroísmo ou pela missão que lhe é dada. Feldman aponta, inclusive, que o príncipe nenhuma vez sequer pensa sobre o destino de sua tia Elia e de seus primos, mas muitas vezes pensa em voltar para Dorne como um fracasso. A passagem destacada pelo autor é significativa:

Rastejar de volta para Lançasolar derrotado, com o rabo entre as pernas? A decepção de seu pai seria mais do que Quentyn poderia suportar, e o desprezo das Serpentes de Areia seria fulminante. Doran Martell colocara o destino de Dorne em suas mãos, e ele não podia falhar, não enquanto estivesse vivo para seguir adiante.
(A Dança dos Dragões, capítulo 6, “O Homem do Mercador”)

A sua natureza desajustada, assim como Samwell, Thomas e Johnny, é apresentada logo no início de sua jornada. Aos dezoito anos, Quentyn não é um guerreiro habilidoso, sua inabilidade com mulheres o condenou a uma grande desilusão amorosa e ele não possui grandes ambições como a irmã, de quem possui uma personalidade muito divergente. Apesar de tudo indicar que ele não era a escolha ideal para cruzar o mundo para encontrar e se casar com Daenerys Targaryen, as circunstâncias e os desejos de Doran o condenaram a essa missão.

Quentyn Martell
Quentyn Martell. Arte: Kim Sokol. © Fantasy Flight Games.

E a verdade sobre toda a trajetória de Quentyn é que ele tem medo. Medo das consequências de falhar com o pai e medo dos desafios que encontra no meio do caminho. Não apenas dos horrores que vê quando passa pela cidade dizimada de Astapor, mas também daquela que é o objetivo de sua missão, Daenerys, a causadora do caos astapori. Quando se conhecem, Quentyn é tratado com respeito, mas também com condescendência por aquela com quem pretendia se casar. Apesar das más notícias de que Daenerys já estava prometida a Hizdarh, a rainha o recebe em sua corte, mas não sem fazer uma piada com o codinome “sapo” que Quentyn vinha usando.

A atitude de Daenerys em relação a Quentyn se mantém quando ela o leva para conhecer seus dragões e o aconselha que deixe Meereen. Quando a rainha o recorda de que ela também é um dragão, Quentyn está preso entre dois temores, o seu fracasso e o que precisa fazer para o sucesso. A segunda opção parece ainda mais assustadora pois está materializada nas figuras dos dragões com quem Daenerys metaforicamente se identificou.

Os dragões esticavam o pescoço de um lado para o outro, olhando para eles com olhos queimando. Viserion havia quebrado uma corrente e derretido as outras. Pendurava-se do teto do fosso como um imenso morcego branco, suas garras penetrando profundamente nos tijolos queimados e em ruínas. Rhaegal, ainda acorrentado, roía a carcaça de um touro. A pilha de ossos no chão do fosso estava mais profunda do que da última vez em que ela estivera ali, e as paredes e o chão estava negros e acinzentados, mais cinzas do que tijolos (…).

O príncipe dornês estava branco como leite.
(A Dança dos Dragões, capítulo 50, Daenerys VIII.)

Apesar do perceptível pavor do príncipe, como Daenerys nota, a sua decisão é o enfrentamento. Quentyn decide ficar em Meereen, o que Eddard definitivamente consideraria uma atitude de coragem.

Após o incidente com Drogon na arena, a situação de Quentyn se torna ainda pior. Se Daenerys já era intimidadora o suficiente, mas ainda assim, a única chance de Quentyn não fracassar, a sua ausência acaba tornando sua estadia na cidade ghiscari quase que uma prisão. Mas mesmo em face a essa situação, o medo da rejeição é sua primeira preocupação. Não há menções ao desejo de ser o rei de Daenerys, mas à recepção que teria se desistisse:

Seria encantador ver o Sangueverde novamente, visitar Lançasolar e os Jardins das Águas, respirar o doce ar fresco da montanha em Yronwood, em vez dos humores quentes, úmidos e infectos da Baía dos Escravos. Seu pai não diria uma palavra de reprovação, Quentyn sabia, mas o desapontamento estaria em seus olhos. Sua irmã o desprezaria, as Serpentes de Areia zombariam dele com sorrisos tão afiados quanto espadas, e Lorde Yronwood, seu segundo pai, que enviara seu próprio filho para mantê-lo a salvo…
(A Dança dos Dragões, capítulo 60, “O Pretendente Rejeitado”.)

É nesse contexto que Quentyn elabora o plano para roubar um dos dragões e provar seu valor. Aqui, é recorrente a acusação de “burrice” do personagem, de ser um plano absurdo, que obviamente não funcionaria, mas a verdade é que a parte racionalmente complicada funciona. Já sobre domar um dragão, me parece que nós, leitores, sabemos tão pouco quanto Quentyn para acusá-lo de irracional. O que é sabido pelos personagens e pelos leitores é que há alguma relação com sangue vindo da Antiga Valíria com a capacidade de montar um dragão, mas a que grau isso funciona, nunca foi objeto de comprovação. Sendo assim, um menino desesperado, em sua tentativa final de provar seu valor a despeito de todos os seus medos toma uma atitude absolutamente arriscada, mas não impossível.

Quentyn e os dragões de Daenerys. Ilustração: Eric Velhagen, para o calendário oficial de A Song of Ice and Fire 2018.

No entanto, diferente de Samwell, que nos momentos de desespero consegue se sair bem em situações completamente inusitadas, o grande momento de bravura de Quentyn é falho. Após ser atingido por fogo de dragão, o príncipe agoniza por três dias e morre, reverberando o que Feldman aponta como sua função temática, enfatizar como inocentes se tornam vítimas dos jogos dos poderosos. Não é por acaso que a descrição do cadáver de Quentyn é uma das mais gráficas e sentimentais de todos os livros:

A maior parte da carne do príncipe tinha se soltado, e era possível ver o crânio em baixo. Seus olhos eram piscinas de pus. Ele deveria ter ficado em Dorne. Devia ter permanecido um sapo. Nem todos os homens são feitos para dançar com dragões.
(A Dança dos Dragões, capítulo 70, “A Mão da Rainha”.)

A percepção de Barristan sobre o príncipe é especialmente melancólica, e para nós, leitores, que sabemos o processo psicológico pelo qual Quentyn passou até que tomasse um ato extremo, e como argumentei, de extrema coragem, o sentimento de injustiça da situação é ainda maior. No momento em que tudo parecia perdido e desistir seria a única escolha viável, Quentyn encontrou bravura o suficiente para articular e executar um plano, e isso sem dúvidas faz dele um dos personagens mais trágicos de Martin, e um daqueles que mais tem capacidade de provocar empatia em quem entende e se identifica com seus desejos, limitações e medos.

Sendo assim, Quentyn condensa um pouco das duas abordagens dicotômicas de Martin para os atos de coragem, o triunfo e a realização pessoal que vemos em Sam e Thomas, afinal, até o fim, o menino se recusa a aceitar o caminho mais fácil, a derrota e a humilhação, mas também, o trauma, o resultado da pressão e do desajuste que vemos em Esta Torre de Cinzas e O Segundo Tipo de Solidão atingindo seu ápice, quando a morte é o resultado de sua tentativa desesperada de resolver seus problemas.

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‘A Fúria dos Reis’ ganhará edição ilustrada https://www.geloefogo.com/2018/12/a-furia-dos-reis-ganhara-edicao-ilustrada.html?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=a-furia-dos-reis-ganhara-edicao-ilustrada https://www.geloefogo.com/2018/12/a-furia-dos-reis-ganhara-edicao-ilustrada.html#comments Thu, 20 Dec 2018 13:17:18 +0000 https://www.geloefogo.com/?p=103904 A exemplo do que já aconteceu com A Guerra dos Tronos (A Game of Thrones), o segundo livro de As Crônicas de […]

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A exemplo do que já aconteceu com A Guerra dos Tronos (A Game of Thrones), o segundo livro de As Crônicas de Gelo e Fogo, A Fúria dos Reis (A Clash of Kings) ganhará uma edição ilustrada, de luxo, em comemoração pelos 20 anos de sua primeira edição.

A Fúria dos Reis
Ilustração de capa da primeira edição de A Fúria dos Reis, por Stephen Youll.

George R. R. Martin fez o anúncio da nova edição de aniversário em seu blog, informando também que o livro conterá ilustrações coloridas e em preto-e-branco da artista Lauren Cannon (cujo portfólio pode ser visto aqui). Aspas para George (com tradução nossa):

O segundo volume de A Song of Ice and Fire, A CLASH OF KINGS, foi publicado em 1999. (Parece que foi ontem, sinceramente. E ainda me lembro dos três anos entre os livros, quando os leitores enviavam e-mails me perguntado por que estava demorando tanto para o livro dois, já que Outro Autor de Fantasia [preencha com algum à sua escolha] lançava um livro por ano, fizesse chuva ou sol, e por que eu estava demorando tanto? Uff. Bons tempos aqueles, quando eu atrasava só dois anos). O ano que vem marcará o vigésimo aniversário do lançamento, então a Bantam Spectra fará uma edição de luxo com capa de couro de CLASH também.

Ilustração de Lauren Cannon para o autor Stant Litore.

Aqui cabe um esclarecimento quanto às datas. A publicação em 1999 aconteceu nos Estados Unidos, alguns meses depois do lançamento no Reino Unido, que aconteceu ainda em 1998. A edição comemorativa de aniversário será publicada pela Bantam Spectra, a editora americana, e aparentemente por isso a data de 1999 é a utilizada.

A título de curiosidade, A Fúria dos Reis já ganhou uma edição ilustrada anteriormente, com arte de John Howe (que também será responsável pelo calendário 2020 de As Crônicas de Gelo e Fogo).

Essa edição anterior foi lançada em 2001, pela extinta editora Meisha Merlin, e continha apenas ilustrações em preto-e-branco. Algumas ilustrações podem ser vistas no site de GRRM, aqui.

Assim que tivermos informações sobre um possível lançamento no Brasil da nova edição, informaremos. A versão ilustrada de A Guerra dos Tronos, publicada pela Leya, pode ser adquirida na Amazon.

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