O relato de duas partes do jornalista James Hibberd intitulado Por Dentro de ‘House of the Dragon’ continua: Aqui o elenco se abre sobre seus personagens, os showrunners explicam como a nova série aborda racismo e violência, e olhamos para o futuro da franquia.

Por dentro de 'House of the Dragon'
Miguel Sapochnik, Olivia Cooke, Matt Smith, Ryan Condal e Emma D’Arcy. | Photo: DAN KENNEDY

Destacamos a seguir os principais pontos discutidos e revelados no artigo:

  • Haverá uma cena de Torneio com justas no piloto.
  • A temporada começa com suas protagonistas femininas na adolescência. No meio da temporada, a história salta 10 anos. Há saltos de tempo adicionais de vários anos ao longo da temporada – em uma estrutura parecida com The Crown (Netflix).
  • Matt Smith, intérprete de Daemon Targaryen, sofreu uma severa lesão na região do pescoço enquanto filmava a série em Portugal. Ao ser entrevistado para o artigo, ele ainda estava fazendo fisioterapia.
Por dentro de 'House of the Dragon'
Matt Smith (Daemon Targaryen) e o showrunner Ryan Condal no set de filmagens. | Photo: OLLIE UPTON/HBO
  • Para as interações com os dragões em cena, os atores puderam desfrutar de um novo mecanismo de produção: Um telão LED que transmite imagens do que os personagens estariam vendo durante a vôos, auxiliando-os durante a atuação com o dragão mecânico.
  • Teremos dragões com barbas, inspirados em répteis reais.
  • A atriz Olivia Cooke afirma que haverá, nesta temporada, um foco interessante em mulheres dando à luz. De acordo com ela, os partos serão para ‘House of the Dragon’ o que casamentos foram para ‘Game of Thrones’. Sapochnik adiciona que veremos diversos nascimentos na série, cada um deles com um tema diferente, explorados por diferentes perspectivas.
  • A série aparentemente terá menos sexo, embora irá mostrar como relações sexuais são um aspecto da vida Targaryen. Sapochnik afirma ainda que agressão sexual continuará sendo um tema inerente ao universo, e que a abordagem será feita com cuidado e ponderação, sem se esquivar do tema.
A Sala do Trono e suas estátuas de antigos reis: Aegon o Conquistador, Aenys I, Maegor  o Cruel, e Jaehaerys I.
  • George R. R. Martin já assistiu pelo menos nove dos dez episódios da temporada e está encantado. Segundo ele, a série é poderosa, visceral, e sombria, como uma tragédia shakespeariana.
  • O artigo cita algumas opiniões de Martin sobre as reações negativas de ‘Game of Thrones’. Para Martin, a internet e os podcasts são tóxicos, e que não confia mais neles. O presidente de programação da HBO Casey Bloys ainda adiciona que aquela era a opinião da internet, e que a internet não é a vida real.
  • Sobre as séries derivadas, A HBO tem quatro séries live-action em desenvolvimento – incluindo o spinoff de Jon Snow estrelado por Kit Harington, uma série Dunk and Egg (o argumento inicial de Martin acabou sendo desenvolvido sob o escritor Steve Conrad), e uma série focada nas nove viagens da Serpente Marinha, escrita por Bruno Heller. Há também três projetos de animação – possivelmente quatro – em andamento. Martin compara os projetos de animação com a aclamada Love Death + Robots, da Netflix. “A arte conceitual é absolutamente impressionante.
  • Martin também divaga sobre seu papel hoje, e como se definiria dentro da construção desta grande franquia que segue ‘Game of Thrones’:

Às vezes me sento tentando descobrir quem diabos sou em todo esse cenário. Eu sou George Lucas? Eu sou Gene Roddenberry? Eu sou Stan Lee? Como me relaciono com esta propriedade intelectual? Porque essas são três histórias que ganharam diferentes vidas.

James Hibberd então pergunta quem Martin deseja ser, e ele responde:

Não sei. Não Stan Lee, no final. Ele não tinha poder, nenhuma influência. Ele não estava escrevendo nenhuma história. Ele não podia dizer: “Não faça esse personagem.” Ele era apenas uma pessoa amigável que eles traziam para as convenções e que fazia participações especiais. Estar marginalizado no mundo e nos personagens que você criou, isso seria difícil.

  • Para concluir, Hibberd revela que o arco da Dança dos Dragões, a guerra civil entre Rhaenyra e Alicent, provavelmente terá entre três e quatro temporadas. No entanto, este não deverá ser o fim da série, já que ‘House of the Dragon‘ poderia, em teoria, avançar décadas no tempo, ou retroceder, para narrar outros eventos importantes na dinastia Targaryen – como a conquista de Aegon ou a Perdição de Valíria.

Assista ao trailer oficial de ‘House of the Dragon’. A série estreia mundialmente em 21 de agosto.